Nm 14 – 15

Nm 14: 2 – 3 – “Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E porque nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?”

Doze homens foram enviados para expiar a terra de Canaã e todos (menos Calebe e Josué) voltaram com medo da força dos povos que ali habitavam. Eles então semeiam o medo e o engano no meio do povo. Isso acontece de tal forma que o povo parece ignorar todos os sinais que Deus fizera e se enchem de ansiedade, murmuram contra Moisés, Arão e Deus, se rebelam, dizem para apedrejá-los e tentam voltar ao Egito.

Isso infelizmente tem acontecido na igreja. Pessoas com assuntos que não edificam tentam semear mentira, discórdia, engano e conseguem enfraquecer a fé de muitos. É preciso estar atento como Josué e Calebe que não foram enganados, pelo contrário, confiaram em Deus. É preciso interceder pela igreja como Moisés, que mais uma vez clama pela misericórdia de Deus para que o povo seja perdoado. Deve-se haver uma separação muito clara entre luz e trevas, para isso é muito importante que os discípulos de Jesus se posicionem e decidam firmemente por Jesus em todo o tempo e em todas as áreas da vida como fez Daniel (Dn 1: 8). Não podemos nos acomodar, temos que influenciar esse mundo com as verdades de Cristo.

Para que isso aconteça é fundamental que todo filho de Deus reconheça que só há um cabeça: Jesus. Ou seja, nem a nossa cabeça conta, nós morremos junto com nossos conceitos e opiniões. Deus não quer que cada um pense, interprete e explique de sua maneira, mas são seus simples mandamentos gravados no coração de cada discípulo. Vejamos esses dois versículos da leitura:

“Quanto à congregação, haja apenas um estatuto, tanto para vós outros como para o estrangeiro que morar entre vós, por estatuto perpétuo nas vossas gerações; como vós sois, assim será o estrangeiro perante o Senhor. A mesma lei e o mesmo rito haverá para vós outros e para o estrangeiro que mora convosco.” (Nm 15: 15 – 16)

“Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto, presas por um cordão azul. E as borlas estarão ali para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor e os cumprais; não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os quais andais adulterando, para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso Deus. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos ser por Deus. Eu sou o Senhor, vosso Deus.” (Nm 15: 37 – 41)

Deus nos salvou para Deus e não para nós mesmos ou para nossa felicidade. Não devemos seguir os desejos do nosso coração, mas guardar e cumprir os mandamentos do Senhor. Deve haver apenas um estatuto para todos, apenas a lei de Cristo para todas as gerações e não vertentes diferentes de acordo com as opiniões e interpretações de homens. Só assim seremos santos para Deus, só assim seremos salvos!