At 26 – 28

At 28: 31 – “Pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo.”

  • Desapego aos bens materiais (At 2: 45; At 4: 34 – 37; At 11: 29)

    Os discípulos já não mais valorizavam as coisas terrenas. Eles vendiam suas propriedades e depositavam aos pés dos apóstolos. Ninguém estava preocupado em acumular riquezas, pois enquanto a lei de Moisés determinara que deveria ser dado o dízimo de tudo (Deuteronômio 14: 22), eles entendiam que pelo padrão de Cristo tinham que renunciar a tudo para ser um discípulo de Jesus (Lucas 14: 33). Mas faziam tudo com alegria, pois tinham em Cristo o verdadeiro tesouro (Mateus 13: 44).

    • Desapego à própria vida (At 5: 40 – 41; At 7: 54 – 60; At 20: 24)

      Estevão morreu exercendo misericórdia com seus assassinos, os apóstolos se regozijaram ao se verem dignos de sofrer pelo nome do Senhor, Paulo não considerava sua vida preciosa e para ganhar a Cristo preferiu perder todas as coisas (Filipenses 3: 7 – 11). Eles viveram firmes como Moisés, que considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas que os tesouros do Egito, pois contemplava o galardão e permaneceu firme com quem vê aquele que é invisível (Hebreus 11: 24 – 27).

      • Unidade da igreja (At 1: 14; At 2: 42 – 47; At 4: 32)

        Jesus havia orado pela unidade (João 17: 21 e 23) e ela de fato aconteceu. A maneira que os discípulos viviam, sendo de um só coração e alma só era possível por causa da revelação de quem é o Cabeça da igreja. Cristo é o Cabeça, cabe a nós nos submetermos a sua autoridade. Os sonhos, desejos e opiniões daqueles discípulos haviam ficado na cruz e todos eles se sujeitavam uns aos outros (Efésios 5: 21)

        • Dependência do Espírito Santo (At 13: 2 – 3; At 13: 9 – 11; At 16: 6; At 21: 4)

          Jesus disse que iria ao Pai e enviaria o Consolador dizendo que Ele habitaria conosco e estaria em nós (João 14: 16 – 18). A igreja de Atos soube aproveitar bem a promessa de Cristo, de forma que o Espírito Santo era quem operava tudo na vida da igreja. O Espírito Santo manifestava os dons (I Coríntios 12: 1 – 11), manifestava os frutos de vida (Gálatas 5: 22 – 23), e toda manifestação de poder e conversão de vidas (At 2: 4; At 5: 12; At 8: 5 – 8; At 8: 17; At 10: 44). Não é a toa que a palavra “Espírito Santo” aparece 47 vezes no livro de Atos. A igreja sabia que não podia negligenciar o Espírito Santo, eles nem cogitavam essa hipótese, pois sabiam que nada poderiam fazer sem Ele.

          • Proclamação do evangelho (At 1: 8; At 2: 41; At 4: 4; At 8: 5 – 6; At 14: 1; At 28: 31)

            Os discípulos pregavam em todo o tempo e cheios de intrepidez, cumprindo o mandamento que Jesus havia dado antes de ir para o Pai (Mateus 28: 18 – 20) de forma que multidões ouviam, ficavam maravilhadas e se convertiam. Eles não se envergonhavam, pois tinham revelação que o evangelho era o único poder para salvação daqueles que crêem (Romanos 1: 16) e sabiam que mesmo diante das autoridades o Espírito Santo daria sabedoria para que eles falassem (Lucas 21: 14).

            • Serviço (At 5: 6 e 10; At 6: 2 – 3; At 16: 15; At 18: 3; At 18: 23; At 20: 19 – 20)

              O serviço se manifestava pela hospitalidade de Lídia que constrangeu Paulo e Timóteo a ficarem em sua casa, da mesma forma que Priscila e Áquila receberam Paulo para morarem em sua casa; o serviço se mostrava na disposição dos solteiros e dos diáconos e também pela disposição e desgaste de Paulo no cuidado de vidas.

              • Vida de Oração (At 4: 24 – 31; At 9: 11; At 10: 30 At 14: 23; At 16: 25; At 28: 8)

                Pela intensa oração a sensibilidade ao Espírito Santo aumentava, milagres aconteciam, os apóstolos eram libertos das cadeias, muitos se convertiam (inclusive Saulo que era perseguidor da igreja), os irmãos tinham visões, decisões eram tomadas, os irmãos viviam com alegria mesmo quando perseguidos e muitas outras obras o Senhor podia fazer ao ver sua igreja vivendo em oração.

                • Temor (At 2: 43; At 5: 11; At 9: 31)

                  O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria (Salmos 111: 10) e nisso a igreja de Atos se mostrava muito sábia. Em todos havia temor, não um medo de conhecer a Deus e se aproximar dEle, mas um profundo cuidado de não desagradar seu coração e conhecimento de sua grandeza. Havia total reverência ao Senhor.

                  • Cuidado de Vidas (At 8: 26; At 11: 25 – 26; At 20: 18 – 31)

                    Jesus havia dado um fantástico testemunho de como cuidar de vidas. A maneira que Cristo acolhia as pessoas era extraordinária. Jesus, por exemplo, sabia quem seria o traidor antes de tudo (João 6: 54) e mesmo assim o amou como todos os seus discípulos de maneira que ninguém desconfiava que Judas o trairia. Baseado nesse exemplo Filipe prontamente obedeceu a ordem do Senhor por causa de uma vida, Barnabé acolheu Paulo quando novo convertido para estarem juntos em Antioquia e também Paulo se desgastou em favor dos irmãos de Éfeso e dos irmãos de Corinto (II Coríntios 12: 15).

                    • Bom Testemunho com os de Fora (At 2: 47; At 9: 31)

                      A igreja seguia fazendo o bem como Jesus fizera (At 10: 38) de maneira que o exercício do amor independia das motivações das pessoas, eles amavam por entender que esse era o mandamento de Cristo (João 13: 34) e isso agradava o Pai. Por isso eles contavam com a simpatia do povo e tinham paz com os povos.