Ez 46 – 48
Ez 47: 5 – “Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar.”
Ezequiel foi levado a entrar num rio e no primeiro instante as águas batiam em seu tornozelo, em seguida até onde as águas davam nos seus joelhos, o nível da água foi subindo até ele ser totalmente coberto e levado pela correnteza da água, pois já não era possível seus pés tocarem uma base firme. Muitos buscam o Senhor, mas ainda querem estar com os pés no chão e se guiarem para onde quiserem ir; muitos querem sentir a corrente de águas, mas ainda querem ter o poder de decidir o quanto serão guiados por ela.
Deus quer que sejamos totalmente dependentes dEle. Ele quer que entremos nas águas e nos deixemos guiar pela corrente, não como quem deixa se levar pela vida, não como se houvesse um destino predestinado e andássemos conformados, mas como quem busca a intimidade de Deus e é incapaz de andar sem a sua direção. O homem que depende totalmente do Senhor permite que o seu destino seja traçado pelas mãos do Todo-Poderoso.
Fazendo uma campanha para eleger representantes de Deus
O apóstolo Paulo repreendeu os cristãos de Coríntios na Grécia por permitirem que as cortes civis e as posições governamentais fossem controladas por pagãos (I Co 6:2-5). Esta repreensão foi apropriada porque na Grécia os cidadãos podiam escolher alguns de seus oficiais civis. Em um sistema democrático de governo, ser negligente quanto ao colocar cristãos em lugares de liderança seria um pecado tanto quanto seria esconder nossos talentos como falou Jesus em Mateus 25:14-30. Essa é uma parte básica do dever dos cidadãos em um governo democrático bíblico (Êxodo 18 e Deuteronômio 1). TODO cristão é chamado para selecionar representantes de Deus, não apenas alguns. Tem apenas duas possibilidades que todo o cristão deve considerar: Auxiliar e servir os que aspiram ao cargo, ou se candidatar ao cargo público.
Cristãos que não fazem nada, vão prestar contas com Deus pela sua negligência sobre um comando bíblico (Esses cristãos vivendo em países que ainda não há liberdade de eleição serão justificáveis perante Deus pelo seu empenho em trazer a liberdade ao país).
Como pode alguém esperar por um bom governo se pessoas íntegras com uma cosmo visão bíblica não se candidatam ao cargo público ou se cristãos estão apáticos e não envolvidos. Deixar a “política partidária” para apenas aqueles poucos cristãos que “são chamados” para fazê-lo é uma forma de desculpar nossa própria negligência do nosso dever. Certamente apenas poucos são genuinamente chamados por Deus para concorrer cargos públicos, mas cada cristão é chamado para ajudá-los de alguma forma. É essa negligência do dever bíblico que permite que o ímpio ganhe o controle do governo e da corrupção para entrar em nações livres, trazendo decisão nacional e tristeza em nossos filhos.
A Bíblia é cheia de exemplos de pessoas de Deus ajudando seus irmãos a atingirem cargos públicos. A campanha de Samuel para Saul ser rei e, mais tarde para Davi ser rei, ao ungi-los, e assim promovê-los publicamente (I Sm 16:1-2).
Natan também o fez por Salomão (I Rs 1:32-34). Aías fez o mesmo por Jeroboão (I Rs 11:26-39; 12:12-15). Eliseu encorajou Jeú a destituir o rei Acabe e a rainha Jezabel (II Rs 9:1,6,7,10,21,30,33).
Os profetas da Bíblia não podem ser entendidos a parte de suas atividades políticas e sociais para promover a reforma em suas nações. A esmagadora maioria da sua atenção e mensagens foi para os líderes do governo e para problemas sociais. Profetas eram simplesmente estadistas ou reformadores sociais; ativistas políticos tanto para o bem (os profetas de Deus) como para o mal (falsos profetas). Um falso profeta é simplesmente alguém que trabalha para a reforma social baseada em uma filosofia pagã de vida. Um verdadeiro profeta é alguém que baseia suas idéias e atividades políticas em uma cosmo visão bíblica.
Houve muitos outros profetas ao longo da era cristã. Eles não cessaram no Antigo Testamento. Homens que fizeram campanha e auxiliaram líderes íntegros a ganhar cargos públicos nos quais: Stephen Langton que ajudou os barões ingleses, e John Wycliffe e Jan Hus na Europa; e John Witherspoon, Charles Finney, e John Wesley nos Estados Unidos.
Muitos na Bíblia do povo de Deus e ao longo da historia foram realmente solicitados para o cargo público. A Bíblia fala de dois ministros ordenados por Deus: o ministro do Evangelho e o ministro civil (Rm 13:4). Já que são ambos ministros de Deus, Erasto, assistente em tempo integral do apóstolo Paulo, facilmente se muda para o comissário de obras públicas na cidade de Corinto para estabelecer um exemplo que Paulo estava falando sério sobre os cristãos procurarem cargos públicos (At 19:22;Rm 16:23).
O clero no Antigo Testamento também é solicitado para cargos públicos, como no caso de Samuel, Esdras, e Sofonias e uma série de outros levitas que serviram como oficias civis (Dt 17:8-13; 2 Cr 19:8,11). Mas o povo de Deus que não era necessariamente profissional do clero também serviu o governo: Noé, Abraão, Isaque e Jacó eram príncipes patriarcais. José se tornou o primeiro ministro do Egito. Moisés, Josué, Debora, Davi, Zorobabel, Neemias, Ester (rainha da Pérsia), Mordecai e Daniel (nos governos persa e babilônico) são outros exemplos.
O pregador americano do século 19, Charles Finney, escreveu em seus Avivamentos religiosos que uma das coisas que precisam ser feitas para garantir a continuidade dos avivamentos era essa:
“A Igreja deve ter fundamento no que diz respeito a política…. O tempo chegou em que os cristãos devem votar por homens honestos, e ter fundamento coerente na política ou o Senhor vai amaldiçoá-los…. Deus não pode sustentar esse país livre e abençoado, que nós amamos e oramos, ao menos que a igreja se fundamente. Política é uma parte de religião em um país como esse, e os cristãos precisam cumprir com seu dever com o país como parte de seu dever diante de Deus…. Ele (Deus) irá abençoar ou amaldiçoar essa nação, de acordo com o curso que eles (os cristãos) levarem (na política),”
Se você quer mesmo saber sobre o que a Bíblia ensina sobre governo e política saiba que em primeiro lugar ela ensina sobre auto governo (domínio próprio), temos que cuidar de nós mesmos, em segundo lugar fala da família e dos papeis do homem e da mulher, dos pais e dos filhos, em terceiro lugar fala da igreja, o governo plural do presbitério da cidade, o papel da mulher na igreja, o véu que é a submissão aos pastores e lideres. Somente depois disto tudo vem a questão do governo civil, da mesma forma o papel da mulher é sempre o de ser auxiliadora ou ajudadora, nunca o de assumir o governo, o controle ou a direção. Se você não consegue se governar não pode governar uma família, se não consegue governar a sua família não pode pastorear a igreja, e se não pode governar a igreja também não pode presidir uma nação.
viver da fé, é viver sem os pés no chao. nao esperar nada… depender de Cristo