Rt 1 – 4

Rt 1: 16 – “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.”

Rute era moabita, povo de idolatria que algumas vezes Deus entregou nas mãos de Israel. Mas em época de fome na terra de Israel, Elimeleque e sua esposa Noemi foram para Moabe com seus dois filhos, que tomaram das filhas dos moabitas como esposa: Orfa e Rute.

Quando os dois homens morreram, havendo já comida em Israel, Noemi resolve voltar e suas noras insistem em ir juntas. Mas Noemi insiste para que elas voltem ao povo com receio delas não se adaptarem a uma terra estrangeira, podendo voltar ao seu povo e a seus deuses. Orfa então se despede de sua sogra, mas Rute faz uma declaração típica de quem viu a Deus (Rt 1: 16). Nada tiraria ela do foco, ela se dispôs a largar seu povo, suas tradições, seus deuses, porque sabia que só existia um Deus. Seu povo agora era outro.

Ela então como estrangeira passa a colher as espigas de um campo próximo (conforme a lei dizia – Levítico 19: 10). Mas ela não sabia que aquele campo era de um parente chegado de seu falecido marido e que isso mudaria todo o curso da sua vida. Ele a trata bem, a protege, a recebe e diz:

“O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio.” (Rt 2: 12)

E em outra ocasião diz:

“Agora, pois, minha filha, não tenhas receio; tudo quanto disseste eu te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa.” (Rt 3: 11)

Em primeiro lugar, glória ao nosso Deus por sua bondade e misericórdia. Pois mesmo a estrangeira chegando em Israel, Deus viu nela um coração contrito e acolheu ela e a abençoou. Deus deu a ela Boaz por marido e eles geraram a Obede, que gerou a Jessé que gerou a Davi. Rute entrou na linhagem de Davi, Rute entrou na linhagem de Jesus. Deus se alegrou do coração de Rute.

Em segundo lugar, vale honrar a atitude de Rute que não olhou pra traz e aceitou o desafio de ir para um lugar novo. Ela não sabia como seria tratada e nem se seria bem ou mal sucedida, mas ela sabia que ali era o povo de Deus. O coração dela me lembra o coração da mulher Cananéia de quem Jesus se compadeceu (Mateus 15: 21 – 28). Rute foi uma mulher entregue a Deus de tal forma que Ele a pode usar como quis.

Sejamos nós discípulos firmes em seguir a Cristo independente das circunstâncias para que Deus nos use como bem quiser. Somos seus servos totalmente submissos. Que sua vontade se estabeleça em nossas vidas.