I Sm 1 – 3
I Sm 3: 19 – “Crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra.”
A história de Samuel começa num gesto de sua mãe. Num momento de aflição, ela que era estéril, derrama seu coração diante de Deus e chora muito (I Sm 1: 10). Ela pede a Deus um filho e faz um voto que ele seria consagrado ao Senhor. Depois de gastar um bom tempo na presença do Senhor ela já não fica mais triste e Deus a concede um filho que, assim que é desmamado, ele já é deixado junto aos sacerdotes para viver sua vida dedicada a Deus. Ele é ainda menino quando escuta a voz de Deus pela primeira vez (I Sm 3: 1 – 10). No dia seguinte Eli lhe pergunta o Deus lhe havia falado e Samuel conta tudo, sem nada encobrir (I Sm 3: 18), mesmo sendo a profecia dura para a casa de Eli.
Em primeiro lugar, o cuidado que os pais tem para com seus filhos é fundamental para a personalidade e o caráter que ele vai ter. Samuel foi fruto do clamor de Ana e, entregue nas mãos de Deus, pode ser usado para cumprir seu propósito.
Em segundo lugar, vale observar que ele era ainda muito novo, mas já falava com ousadia. Em I Sm 3: 19 diz que ele não deixava de falar nada daquilo que o Senhor lhe ordenava. Essa característica tem que existir em todo o discípulo. Não podemos falar o que é agradável aos homens, não podemos distorcer as profecias do Senhor e nem omitir a pregação do evangelho. Mas, assim como Samuel, falar de tudo aquilo que está no coração de Deus da forma que Ele nos ensinou. Não vivemos para agradar homens, mas para agradar a Jesus Cristo.
O tempo de Deus muitas vezes está sujeito às nossas orações, limitado a nossa fé, perseverança e intenções do coração. Deus poderia ter agido logo e ter dado um filho a Ana, mas de acordo com a intenção do coração dela, este poderia ser apenas mais um dos filhos de Israel, mas Deus achou melhor esperar o coração de Ana definir para que propósito ela queria o tão sonhado filho.
Sendo assim, o Senhor trabalhou em sua vida desenvolvendo sua fé. Formou nela um caráter segundo o seu coração, livrou dela toda aflição quando ela confiou de todo coração, e quando enfim Ana em seu coração entende que Deus não queria apenas “mais” um israelita e sim um profeta vindo de seu ventre, Ele vê a hora de abrir sua madre, pois sabia o que estava por vir no futuro em relação a família de Eli.
Isso me lembra a palavra do Gilberto no retiro. Quantas vezes priorizamos o futuro profissional de nossos filhos e esquecemos de orar e jejuar prá vê-los dedicados ao Senhor, santificados e separados do mundo… Que ainda não seja tarde, e que o Senhor tenha misericórdia de nós.
“Augostinho escarneceu, durante 33 anos, do ensino cristão e das orações de sua mãe que nunca desistiu. Ela pregou, orou, prosseguiu… até que aos 33 anos ele gritou em agonia pra Deus e abraçou a fé … Quando ele contou pra sua mãe, ela disse: Agora posso morrer em paz… a salvação de seu filho era a única coisa na terra que ela desejava, ela morreu 5 dias depois e seu filho pródigo se tornou um dos pilares da igreja” (livro mãe segundo o coração de Deus – pág 103)
Nunca é tarde pra Deus !!!!!
O Profeta de Deus fala a verdade em amor, doa a quem doer, o falso profeta fala o que o povo quer ouvir. Ousadia e intrepidez vem de Deus para nós e são fundamentais para uma pregação eficaz que trará convicção aqueles que estão ouvindo.
2 Timóteo 4:2
A importancia da oração de Ana, ela não se conformou com o fato de ser estéril e clama a Deus com angústia de alma e persistencia. Isso seria a quantos anos? Nunca podemos desistir…
Outro fato é que, o que ela mais queria, consagrou a Deus. Não existe maior prazer do que dar tudo ao Senhor, ver o que mais amamos ser cuidado por Ele!
A persistência de Ana nos encoraja, mas a fidelidade dela permite que Deus cumpra seu propósito na terra. Que esse seja nosso coração quando pedimos algo ao Senhor. Meus filhos não são meus,nem eu mesma me pertenço. O período do desmame acabou, nossa vida pertence a Ele. Disponibilidade para ser usado é o mínimo, nossa vida é o tudo que devemos oferecer.
não podemos ser humanistas!
temos que falar aquilo que Jesus mandar!