Rm 8 – 10
Rm 9: 20 – “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?”
1- A Justiça de Deus Com o Homem – Mateus 20:1-16
Assim como na parábola, Deus nos chama para um salário que é justo (versículo 4). Muitos de nós ao ver alguém sendo abençoado nos achamos digno de bênçãos também, e se não for feito conforme a nossa justiça murmuramos (versículo 11). Precisamos aprender a olhar todas as situações como Deus olha, isso só pode acontecer conhecendo Jesus. Assim entenderemos o que Jesus afirma ser justo para nós, no versículo 4, e jamais murmuraremos novamente. Duas coisas se destacam aqui para conhecermos como a justiça de Deus se manifesta para nós:
- Romanos 6:23
Nós precisamos saber da nossa situação inicial: nós somos pecadores e o salário do pecado é a morte eterna, então, seria justo se morrêssemos eternamente por causa da nossa rebeldia contra Deus.
- Marcos 10:29,30
Nós precisamos saber da nossa situação no momento que decidimos andar com Jesus e ser seus trabalhadores em sua vinha: o nosso salário é cem vezes mais de tudo que renunciamos e nós temos q renunciar tudo (Marcos 8:34,35 e Lucas 14:33). Este é o justo salário que Jesus nos dá ao nos chamar para trabalhar na sua vinha.
Mas é justo eu estar salvo?
Claro que sim. Isso é fruto de uma obra de Deus e Ele é justo!
Mas como pode ser justo eu, pecador, condenado a morte, me tornar participante da promessa de Deus?
2- A Justiça de Deus Com a Conversão do Homem – Romanos 4:3-5
Esse texto nos deixa claro como que Deus faz ser justo o que não era justo. Deus não é só misericordioso e nem é só justo, a sabedoria de Deus consegue usar misericórdia e justiça. O versículo 4 volta a falar de um salário que é considerado dívida para o trabalhador. Mas no versículo 5 fala de nós, que nada fizemos para nos tornarmos digno de sermos herdeiros de Deus, mas a nossa fé nos é atribuída como justiça, assim como Abraão (versículo 3).
Em Hebreus 11 podemos observar vários exemplos de homens e mulheres que pela fé se tornaram herdeiros da justiça de Deus como Noé (versículo 7), Abraão (versículo 8 e 9), Moisés (versículo 23 ao 29) e muitos outros. Da mesma forma, a incredulidade nos afasta da promessa (Hebreus 3:16-19) como foi com Israel (Números 14:1-35).
Em Hebreus 11:6 diz que sem fé é impossível agradar a Deus, porque só pela fé nos tornamos galardoadores dos que o buscam. Logo, a maneira que Deus me torna justo, eu, pecador e condenado a morte, e a maneira como Ele me torna participante da sua promessa é através da fé que me é atribuída como justiça!
3- A Justiça de Deus Com a Igreja – Romanos 9:14-29
Esse trecho de Romanos segue uma seqüência que vem falando da aliança que existia entre Deus e Israel, e em seguida Paulo pergunta se há injustiça da parte de Deus por ter escolhido homens e ter estabelecido o seu povo. Claro que não! Depois ele diz: “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa , para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?” (versículos 20 e 21). Nosso Senhor, antes de tudo é o soberano criador! Não pode haver em nossa mente qualquer tipo de questionamento contra a sua autoridade e soberania!
Ao continuar lendo vemos também o amor infinito de Deus porque o fato dEle ter separado esse povo fez com que nós não nos tornássemos semelhantes a Sodoma e Gomorra (versículo 29). Pois Deus escolheu um povo para que pudesse gerar um descendente, Jesus (Gálatas 3:16), o qual foi sacerdote para sempre (Hebreus 7:23-28) e da mesma forma que o pecado entrou no mundo por um homem e, pelo pecado, morte, veio vida por meio de um só homem e superabundou graça (Romanos 5:12-21). Jesus se fez sacerdote pelo pecado e nos justificou pela fé pelo seu sacrifício eterno. Sendo assim a descendência de Deus passou a ser a igreja, onde Jesus é o primogênito (Romanos 8:28,29) e nós somos co-herdeiros com Cristo da promessa (Romanos 8:17).
Em Hebreus 11, vemos de maneira ampla a perfeição do propósito de Deus e a manifestação da sua Justiça. Por que ao citar exemplos de homens que, por causa da fé, o mundo não era digno (Hebreus 11: 38) diz que eles não obtiveram a concretização da promessa (Hebreus 11:39,40), por que essa promessa a que se refere é a grande promessa, é o estabelecimento do reinado de Cristo com a igreja, a eternidade com Deus. E essa promessa não pode ser manifesta só pelo bom testemunho destes homens, por que a obra precisa se tornar completa através do nosso bom testemunho também, de forma que nós com eles sejamos aperfeiçoados, Deus complete sua obra e vivamos pra sempre com o Pai.
Corramos então para o alvo de conhecer mais e mais nosso Jesus (Hebreus 12:1-3).
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11:33-36)