Fechando a Porta de Trás

Osias Matos

Formando Discípulos que Permaneçam

Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis muitos frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. João 15:16

Acompanhamento e Supervisão de um
Contato até a Porta.

Para que um contato de nossa Horta, ou até mesmo alguém que acabamos de conhecer e que se mostrou interessado, depois de um gancho, tenham todo o entendimento de Jesus e da Porta do Reino, é necessário que apresentemos com muita clareza todo o ensino, passo a passo, para termos a certeza que este discípulo permanecerá.

O Propósito Eterno de Deus (O Problema)

Jesus, A Pérola de Grande Valor (A Solução)

Em Segundo lugar, devemos mostrar Jesus, (o tesouro), de forma a deixar este contato com o brilho de Cristo em seu olhar, não podemos nos apressar. Falar de Jesus para quem nunca ouviu ou para quem ouviu superficialmente é um desafio e precisamos faze-lo com muita clareza e sempre utilizando testemunhos e exemplos pessoais.
Em terceiro lugar, ao falarmos da Porta do Reino, devemos observar alguns pontos fundamentais que precisamos apresentar ao contato com muita precisão.

Arrependimento:

Quando falamos do arrependimento, de deixar de ser independente para ser totalmente dependente de Deus (Metanóia=mudança de mente), temos que mostrar que não estamos falando de remorsos (Metamelomai). A chave para sabermos de imediato se o contato entendeu o arrependimento como uma mudança de atitude interior é a necessidade que ele vai ter de cavar profunda vala, a prontidão em confessar os seus pecados.

Batismo em Cristo:

Quando o contato entende bem o arrependimento, e confessa o seu pecado ele precisa ser instruído sobre a necessidade de uma nova veste, já que ele está como que despido, após ter trazido à luz tudo o que estava escondido. Ele precisa ser revestido de Cristo (Gal. 3:27). No batismo ele recebe o Espírito Santo, está enxertado em Cristo, passa a ser parte do corpo de Cristo, da igreja.

Dom do Espírito Santo:

Em seguida, precisamos mostrar detalhadamente ao contato que para entrar pela Porta ainda é necessário receber o dom do Espírito Santo, ou seja, ser batizado com o Espírito Santo. Jesus recebeu o Espírito Santo quando nasceu e foi batizado com o Espírito Santo quando a pomba desceu sobre ele no rio Jordão. Os discípulos receberam o Espírito Santo quando Jesus soprou sobre eles e disse: recebei o Espírito Santo (João 20:22) e foram batizados com o Espírito Santo no dia do pentecostes (Atos 2). Nós recebemos o Espírito Santo no batismo em Cristo, nas águas por imersão, e somos batizados no Espírito Santo quando ao pedirmos ao Pai e ele nos dá. Isto é o poder para testemunhar (Atos 1:8) e para manifestar os dons (2 Cor. 12).
Receber o Espírito Santo = Fruto do Espírito, Caráter.
Ser Batizado com o Espírito Santo = Dons do Espírito, Carisma.
São duas experiências distintas que precisam ser muito bem ensinadas.

O Falar em outras Línguas:

Ainda neste ponto precisamos destacar o dom de línguas como um dom fundamental para a edificação do discípulo. A mesma fé que ele aplica no batismo em Cristo, crendo que está sendo revestido de Cristo, ele deve aplicar para que ao ser batizado com o Espírito Santo, fale em outras línguas.

Autoridade e Submissão

Vivendo no Padrão

– CATEQUESE
– TRABALHAR POR NÍVEIS
– JUNTAS E LIGAMENTOS: COMPANHEIRISMO
DISCIPULADO
– IGREJA NA CASA
– PÓRTICO, GANCHO…
– OIKOS, HORTINHA
– PROVISÃO E OFERTA
– PARTICIPAÇÃO NOS ENCONTROS: RETIROS, ENCONTROS GERAIS, ENCONTRO COM O DISCIPULADOR, ENCONTRO COM OS LÍDERES, ETC…
– SANTIFICAÇÃO: SOLTEIROS, CASADOS…

Acompanhamento e Supervisão do
Discípulo depois da Porta.

Agora já estamos no caminho, não tratamos mais de um contato e sim de um discípulo, mas, para que ele permaneça, é necessário ainda, observarmos alguns pontos muito importantes na edificação.
O primeiro ponto que precisamos destacar é a necessidade de uma atenção especial nas primeiras semanas. Devemos estar se possível diariamente com o novo discípulo. Estamos numa batalha entre dois reinos e não podemos deixar o discípulo abandonado, sem proteção nos primeiros momentos de perseguição. Para falar a verdade, precisamos alertá-lo da realidade da perseguição, ele será perseguido pelos familiares, pelos religiosos, pelos amigos, pelo chefe, por todos. Estando junto com o discípulo o mais freqüente possível poderemos vê-lo vencer esta primeira barreira.
Em seguida, precisamos ensinar ao novo discípulo sobre os meios de graça: oração, leitura e meditação da Palavra, jejum, comunhão com os irmãos, louvor, generosidade, frutificação (listar a sua horta), etc.
Antes de ser espontâneo tem que ter disciplina, por isso, é necessário ajudarmos o novo discípulo a ser bem zeloso na relação com Deus, devemos sempre lembrar de como o nosso exemplo é fundamental em todo ensino.
Nos primeiros passos pelo caminho, edificando o discípulo, devemos recordar dois ensinos fundamentais:

O Kerigma e o Didaquê

Quanto ao Kerigma (verdades) e ao Didaquê (mandamentos) precisamos saber distinguir bem os dois. Não precisamos ensinar isto de imediato ao discípulo, mas, precisamos saber aplicar. Pregando verdades, produzimos fé no coração do discípulo. Ensinar os mandamentos jamais produzirá obediência por si só, a fé obtida pela proclamação da verdade produzirá esta obediência. Em outras palavras se quero que o discípulo guarde todas as coisas que Jesus ordenou é necessário proclamar a Palavra (Fé vem por ouvir e ouvir a Palavra). Por exemplo, se quero que meu discípulo seja santo e puro no seu relacionamento com os solteiros não adianta apenas ensinar-lhe sobre compromisso e pureza, mas primeiro ensina-lo sobre A Vida de Cristo nele.
Devemos sempre nos lembrar que a firmeza e a edificação de um discípulo dependem diretamente da revelação que ele tem de Cristo e da sua união com Ele.
Não podemos, portanto, querer que o discípulo obedeça qualquer ensino sem antes estar cheio de fé e revelação da Palavra. Isto é muito importante para que ele permaneça.

O Querer e o Realizar

Sobre o querer e o realizar, precisamos relembrar bem este ensino e isto vai nos ajudar a entender o motivo por que alguns acabam escapando pela porta de trás. Recentemente um discípulo quis desistir de caminhar conosco e descobrimos que o motivo era o padrão, que ele achava elevado demais para ele.
O querer está ligado ao arrependimento e o realizar a fé. Todos chegam arrependidos e entram pela Porta querendo ser como Jesus, mas precisamos instruí-los sobre a incapacidade do homem de realizar, é Jesus quem efetua em nós tanto o querer como o realizar. Em outras palavras, para que o discípulo seja como Jesus e consiga andar em tudo o que Jesus ordenou é necessário saber sobre Cristo vivendo em nós, a esperança da glória. É Ele quem faz, a nossa parte é aprender a andar no Espírito e isto vem com os meios de graça. Quando alimentamos o Espírito mais que alimentamos a nossa carne, conseguimos vencer o pecado que habita em nós, a lei do Espírito é superior a lei do pecado e da morte (carne), como o avião com a gravidade e a aerodinâmica.
Ver exemplo dos dois leões dentro de nós e ler Romanos 6, 7, 8, 9 e 10.

Conclusão

Para que o discípulo permaneça é necessário observarmos todo o ensino e sabermos aplica-lo ordenadamente de uma forma bem simples, acessível a todos, sem pular etapa, com toda concentração e dedicação, com intensidade, constância e sacrifício. Conscientizando os discípulos de seu sacerdócio, equipando-os, relacionando-os entre si, formando corpo e mobilizando-os para a frutificação.