Dt 3 – 4

Dt 4: 24 – “Porque o Senhor, teu Deus, é fogo que consome, é Deus zeloso.”

Aos olhos humanos parece contrastante ser zeloso e fogo consumidor, da mesma forma que pode parecer contrastante o temor e a intimidade quando Salmos 25: 14 diz que a intimidade do Senhor é para aqueles que o temem. Mas aqui vai uma dica interessante:

Deus não é para se estudar, é para se relacionar.

Quando que nossa mente pequena e limitada vai entender a grandiosidade e infinita sabedoria de Deus? Ele é intolerante com o pecado, mas misericordioso com o pecador. Deus não suporta a injustiça, mas está pronto para perdoar o infiel (quando este se arrepende). Nesse texto Deus volta a mostrar a grandeza da sua aliança. Sua fidelidade não dependia da reciprocidade do homem, Deus estava sempre pronto a se reconciliar.

Vejamos como o Senhor prepara o caminho para Josué:

“Dá ordens a Josué, anima-o, e fortalece-o; porque ele passará adiante deste povo e o fará possuir a terra que tu apenas verás.” (Dt 3: 28)

Deus estava interessado que o ensino se passasse pelas gerações (Dt 4: 9), que seu povo fosse fiel a sua aliança. O Senhor mostra todo seu cuidado em resgatar seu povo do Egito e os lembra de todos os sinais e mostra claramente que não havia outro deus capaz de fazer aquilo tudo, só existia um único Deus, o Senhor de Israel. Nisso vemos um exemplo do zelo de Deus pelo seu povo.

Deus não deixou Moisés entrar na terra prometida, por causa do seu pecado em Meribá (Números 20), mesmo com a insistência de Moisés (Dt 3: 23 – 26). Da mesma forma, o Senhor mostra as duras conseqüências de uma vida longe dos preceitos que Ele havia ordenado em Levítico 26: 14 – 46. Nisso vemos um exemplo do Deus fogo consumidor.

Deus é de infinita sabedoria para ter a plenitude da misericórdia e justiça (plenitude e não o equilíbrio, pois Ele não perde de um para ter do outro, Deus é pleno!). Deus não deixa de ser zeloso para ser fogo consumidor, nem deixa de ser fogo consumidor para ser zeloso. Deus é sempre zeloso e sempre fogo consumidor. Quanto mais nos relacionamos com o Senhor, mais conhecemos suas maravilhas e mais o tememos, mais temos intimidade, mais nos relacionamos, mais tememos e mais temos intimidade. E nesse ciclo nós caminhamos.