II Sm 20 – 22
II Sm 22: 29 – “Tu, Senhor, és a minha lâmpada; o Senhor derrama luz nas minhas trevas.”
Quando Judá recebe Davi como rei, o povo de Israel fica um pouco enciumado e Seba se levanta pra criar contendas dizendo que não serviriam o rei. Davi já havia mostrado o perigo de se levantar contra um ungido de Deus, mas Seba não temeu e por isso ele foi facilmente derrotado. Da mesma forma os filisteus se levantam contra Israel outras vezes e todas elas o Senhor os entrega nas mãos de Davi. Ele então louva a Deus e reconhece que havia superioridade em seus inimigos, mas que a vitória tinha sido dada pelo Senhor.
Quando olhamos para a igreja hoje, temos que cuidar para não agir como o povo de Israel e Seba. Não podemos criar contendas e levantar muros na igreja. Jesus morreu por nós e pela igreja, ai de nós criarmos confusão e atrapalharmos sua tão grandiosa obra! Devemos honrar e temer as autoridades e agir sempre com um coração quebrantado, simples, submisso, humilde e nunca questionador. Basta olhar o exemplo de Davi, um homem que sempre reconheceu o senhorio de Deus em sua vida. Não eram as suas vitórias e conquistas, eram vitórias de Deus. Só o Senhor é digno de toda honra e toda glória.
Derrubando os muros e construindo pontes, rumo a unidade, respeitando as autoridades e se fortalecendo nas juntas e ligamentos do corpo de Cristo!!!
A Unidade da Igreja
Quando falamos da restauração da igreja, nenhum aspecto é mais importante, mais sublime e mais che-gado ao coração do Senhor do que o aspecto da unidade. Também, nenhum assunto é tão difícil, tão controvertido, e tão atacado por Satanás como este. Certamente, isto é o que ele mais teme.
I. A ORAÇÃO DE JESUS (JO 17.18-23)
Esta oração revela os anseios mais íntimos do coração do Senhor. Todo aquele que sinceramen-te ama ao Senhor, deveria prestar muita atenção ao que se revela aqui. Vejamos quatro coisas que são claras nesta passagem.
A. QUAL O PADRÃO (NÍVEL) DE UNIDADE QUE O SENHOR QUER
O vs. 21 nos mostra: “como és tu, o Pai em mim e eu em ti, também sejam eles em nós”. Este é o nível que o Senhor requer para nossa comunhão. Podemos imaginar algum tipo de discórdia, desaven-ça, disputa ou desacordo entre o Pai e o Filho? E uma unidade perfeita, e assim deve ser conosco.
Alguns dizem: “eu aceito os irmãos de qualquer denominação”. Isto é melhor do que nada, mas não é o padrão que satisfaz nosso Senhor. Watchaman Nee dizia que isto é dar as mãos por cima do muro.
B. ONDE ESTA UNIDADE DEVE SE PROCESSAR?
Alguns dizem: “Lá no céu vai ser uma maravilha, lá não vai ter batista, nem pentecostal, nem pres-biteriano. Só vai haver uma igreja.” A pergunta que devemos fazer é: “mas lá no céu tem mundo?” O vs. 21 diz: “para que o ,mundo creia”. Jesus fala de uma unidade aqui na terra, que mostre ao mundo o que e o amor dele derramado nos corações (ver Jo 13.34- 35; At 2.44,47; 4.32; 5.13).
C. ESTA UNIDADE E ESPIRITUAL É INVISÍVEL OU PRATICA E VISÍVEL?
O argumento é o mesmo da pergunta anterior. Como o mundo vai ver o amor dos discípulos se a unidade for invisível? Se é para que o mundo creia, deve ser algo que o mundo veja. Entretanto, aqui necessita um maior esclarecimento. Há na verdade, três expressões da igreja:
1. IGREJA UNIVERSAL (Mt 16.18; Hb 12.22-23: At 9.31). A unidade da igreja universal, é uma unidade espiritual, mística e invisível. Esta é toda a família de que Paulo fala em Ef 3.14-15.
2. IGREJA LOCAL (At 8.1; 13.1; 14.23; Rm 16.1; 1Co 1.2; 2Co 1.1; 1Ts 1.1; Ap 2.1,8,12,18; 3.1,7,14).
A unidade da igreja local deve ser pratica e visível. Assim era nos tempos dos primeiros apósto-los. Havia uma única igreja em cada localidade. Sempre que aparece “igrejas” (no plural), e por que se referia a varrias localidades em uma região, ou continente, ou no mundo todo (At 15.41; Rm 16.4; 1Co 16.1; Gl 1.2; Ap 1.4).
Esta unidade se expressava principalmente por haver uma só direção ou governo, através de um único grupo de presbiteros (sempre no plural), que juntos velavam sobre a igreja da cidade (At 14.23; 20.17; 21.18; Tt 1.5).
Os apostolos zelavam por esta unidade. Quando havia qualquer possibilidade de divisão na unidade pratica da igreja local, os apostolos procuravam corrigir imediatamente, e em alguns casos, enfaticamente. Quase todas as cartas de Paulo fazem alguma advertência com relação ao problema da divisão e a importância da unidade. Vejamos:
AOS ROMANOS: Rm 16.17-18. Não parece que em Roma havia problemas muito sérios, mas Paulo não deixa de advertir seriamente: “os que provocam divisões não servem a Cristo”.
AOS GÁLATAS: Gl 5.15,19-21. A advertencia aqui é muito seria. Os que praticam inimizades, por-fias(rixas), ciúmes, iras, discórdias(pelejas), dissenções, facções(divisões), etc. não herdarão o reino de Deus!
AOS EFÉSIOS: Ef 2.13-18. A cruz de Jesus rompeu duas barreiras: o véu do santuário foi rasga-do. Isto destruiu a inimizade que havia entre o homem e Deus. Mas aqui diz que a parede de separação foi derrubada. Isto destruiu a inimizade entre o homem e o homem (a inimizade en-tre gentios e judeus e a maior que o mundo já conheceu; basta ver a segunda guerra e o orien-te médio). Esta inimizade foi aniquilada na cruz de Cristo. Logicamente, isto só é valido na igreja. Mas é quanto as demais inimizades e divisões na igreja? É licito costurar o véu nova-mente? NÃO. É licito levantar muros de separação? NÃO. Concluímos que as nossas divisões são uma negação da cruz de Jesus Cristo. Arrependamo-nos.
Ef 3.6,14-15. Um só corpo, uma só família.
Ef 4.1-6. Conhecer que há um só corpo, esforçar-se para preservar a unidade do Espírito por meio da humildade, mansidão, longanimidade e amor, e a única maneira de andar de modo digno de nossa vocação.
Ef 4.13,16. O propósito do Senhor e de levar-nos a unidade de fé e a unidade de corpo (to-do corpo trabalhando harmoniosamente).
Ef 5.27. Queremos que Jesus venha buscar uma igreja manchada e defeituosa, cheia de facções e inimizades?
AOS FILIPENSES. Fp 1.27. Aqui nós vemos os três níveis de unidade (em um só versículo. No-vamente Paulo fala que esta é a maneira digna de viver o evangelho. “lutando juntos…” Hoje, não só não lutamos juntos, mas alguns lutam uns contra os outros.
Fp 2.1-4. Em Filipos, parece que estava surgindo um pequeno problema (4.2). Como Paulo zelava para sanar estas coisas! Como poderemos negligenciar estas palavras? Esta é a única maneira de seguir a Cristo (Fp 2.5-8). Paulo ainda insiste mais nos vs. 12-14.
AOS CORÍNTIOS. 1Co 1.10-13; 3.1-4. Esta foi a situação mais critica. Por isto Paulo foi mais e-nérgico. Chamou os Coríntios de carnais e crianças em Cristo. Alguns defensores de facções argumentam com este texto dizendo que naquele tempo já havia divisões. Mas vamos ver bem o que havia. Eles estavam formando “panelinhas” na igreja, por preferências de ministérios. Paulo considerou isto uma grande carnalidade. MAS ELES AINDA ESTAVAM TODOS JUNTOS, CO-MO UMA SÓ IGREJA NA CIDADE! (1Co 1.2). Se Paulo chamou a eles de carnais e crianças, apenas porque estavam com preferências e partidos dentro da igreja, o que ele diria de nos hoje. Pois nos, além de estarmos cheios de discordâncias como eles, ainda por cima nos separamos fisicamente. “Você pensa assim, v. fica lá, eu penso doutro modo então fico cá”. E, cada um faz a sua igrejinha. ISTO TUDO É UMA ABERRAÇÃO. NA VERDADE A NOSSA SITUAÇÃO É BEM PIOR QUE A DOS CORÍNTIOS. Necessitamos de um profundo arrependimento.
A TODOS OS CRISTÃOS. (1Jo 2.5,10; 3.11,14,16-18,23; 4.7,8,11,12,20,21; 5.1). Tal abundância de exortações deveria nos fazer meditar na nossa situação.
3. A IGREJA NUMA CASA (At 2.46; 5.42; Rm 16.15; 1Co 16.19; Cl 4.15; Fm 2).
A igreja na casa não era uma divisão da igreja local. Não havia uma administração própria, um go-verno separado (como já vimos, os presbiteros eram da cidade). A separação em igrejas nas casas, não provinha de divisões doutrinarias, ou disputas, ou separação na liderança, mas era uma separação estratégica, em grupos pequenos, para o melhor desempenho do serviço de todos os santos conforme Ef 4.11-12,15-16.
D. ESTA UNIDADE É POSSÍVEL (JO 17)
Quando olhamos a situação atual, podemos enchermos de duvidas. Será possível? Mas não te-mos que olhar para as circunstancias, temos que olhar para o Senhor. A própria oração de Jesus nos da fé. Basta pensarmos: O Pai não vai responder esta oração do Filho? O Espírito testifica em nossos corações: SIM. VAI. O Filho vai ter para si uma noiva gloriosa, sem mácula, sem ruga, santa e sem defeito. ALELUIA!
Vejamos a determinação de Deus
“Eu sou Deus e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anúncio o que há de acontecer, e desde a antigüidade as coisas que ainda não su-cederam; que digo; O meu conselho permanecera de pé, FAREI TODA A MINHA VONTADE”.(Ef 1.10; Is 46.9-10).
Na verdade, Deus já tem feito nestes dias, muitas coisas que cooperam com a unidade. Por toda parte há um clamor no coração do povo de Deus. Muitos estão descontentes com as divisões. Por todo o Brasil se fala em unidade da igreja. Em muitas cidades Deus esta levantando alguns poucos lideres que estão dando passos concretos por uma unidade efetiva. Nossa pequena experiência em Salvador (ate mar/93, cinco congregações diferentes que se uniram) nos anima a prosseguir. “Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes do Neguebe” (Sl 126).
Respondendo Algumas Perguntas ou Objeções
1ª Como nos vemos a nós mesmos? Cremos que todos estão errados e nos somos únicos certos?
Resposta: Não. Nós nos vemos como parte do problema. Nós não pretendemos ser “a igreja”, ou “o testemunho de Deus” como fazem os irmãos que estão vinculados ao ministério de Witness Lee (co-nhecidos como igreja local). Vemos a questão com simplicidade e realidade. A igreja na cidade de Salvador esta lamentavelmente dividida em centenas de facções. Nós somos apenas mais uma des-tas facções. Talvez a maior diferença entre nós e os demais irmãos, é que nós estamos desconten-tes com este fato. Abominamos a realidade atual, e lutamos contra ela com todas as nossas forcas, pela oração e pela pregação.
2ª Como vemos as denominações?
Resposta: Amamos aos irmãos que estão nas denominações. Mas não concordamos com a posição denominacional. No dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, denominar é “colocar um nome em, ou nomear”. A simples realidade é que a igreja está dividida em várias facções. Como já vimos, muito pior que em Corinto. Ora, ao invés de nos arrependermos disto, colocamos um nome para cada facção e consideramos o problema resolvido. Na verdade, A Denominação É A Oficialização Da Divisão. A denominação procura tornar o pecado da divisão como coisa aceitável, um “status normal”, que dificulta a igreja reconhecer o seu erro. O Problema Não É Estarmos Separados, Mas Estarmos Separados E Ao Mesmo Tempo Satisfeitos E Contentes. As “panelinhas” dos Coríntios eram carnalidade. Transformar estas panelinhas em grupos separados seria inadmissível para os apostolos. E por fim, chamar a cada grupo destes de “igreja tal” seria um absurdo total. E isto é o que se faz hoje.
3ª Porque não temos um nome?
Resposta: Esta pergunta já está em parte respondida na pergunta acima. Mas queremos dizer algo mais. Alguns tem procurado “carimbar a nossa testa” nos chamando de “comunidade”. Mas nós não podemos nos submeter a isto. Por que? Porque quando viemos a Cristo nós já recebemos a nossa identidade de filhos de Deus juntamente com todos os demais que crêem em no Senhor. Somos Fi-lhos de Deus junto com toda a igreja (Ef 3.14-15). Jamais Vamos Aceitar Outra Identidade Além Da Que Já Recebemos. Jamais Vamos Aceitar Uma Identidade Que Seja Derivada De Nossa Divisão Com Os Demais Irmãos. Abominamos o fato de estarmos separados de nossos irmãos. Não pode-mos fazer muita coisa a este respeito além de orar e procurar a comunhão com todos. Mas nós recu-samos a aceitar uma identificação. Isto violentaria nossa consciência. Alguns se ofendem com esta nossa posição. Nos entristecemos com isto, mas nada podemos fazer a respeito.
4ª Qual a nossa experiência pratica?
Resposta: Na verdade o progresso e pequeno. Somos um pequeno grupo de 400 pessoas, de várias procedências evangélicas, que servimos a igreja em unidade de Espírito, de fé e de corpo. Mas que-remos colocar estes poucos pães e peixinhos nas mãos do Senhor para que ele os multiplique. O Senhor sabe que não temos a pretensão de produzir nada. Se outros irmãos na cidade forem movidos a unidade pelo Senhor, nos procuraremos nos unir a eles. Esta é uma obra impossível para qualquer homem mas nada é impossível para Deus.
“A ELE SEJA A GLÓRIA, NA IGREJA E EM CRISTO JESUS, POR TODAS AS GERAÇÕES, PARA TODO O SEMPRE, AMEM”.
Jesus vive em nós e só Ele pode nos transformar para andarmos em santidade e unidade sempre submissos as autoridades…
1 João 2:9-11 “Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos.”
não respeitar as autoridades sobre nossa vida, é um problema!
pois são autoridades colocadas por Deus,
quando não respeitamos essas autoridades, vamos contra Deus.