Mt 13 – 14
Mt 14: 29 – “E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus.”
“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (II Coríntios 3: 18)
Havia um homem que havia crescido com muitos complexos, pois tinha sido muito mal-tratado pelos seus pais; tudo o que ele fazia de errado seus pais o acusavam duramente e o chamavam de feio, de forma que ele cresceu ouvindo de seus pais que ele era muito feio. Aquilo tudo foi tão traumatizante que ao crescer ele tampou o espelho de sua casa para não ver mais sua face e procurou um psicólogo para tentar se tratar. O psicólogo ao ouvir sua história lhe disse que seu problema não se tratava de um complexo, mas porque de fato ele era muito feio. Aquele rapaz começou a reclamar do psicólogo quando ele o interrompeu dizendo que só tinha falado aquilo porque tinha uma solução. O psicólogo tinha consigo uma foto mágica de um ator muito bonito que poderia emprestar para o rapaz complexado, de forma que quanto mais aquele rapaz olhasse para a foto se tornaria mais e mais parecido com aquele ator.
O versículo de II Coríntios diz que essa foto existe para curar nossa feiúra interior. Nosso pecado nos estragou por completo e nos fez feios, horríveis. Mas quando olhamos para Jesus, o simples exercício de olhar para Cristo faz com que sejamos transformados de glória em glória, na sua própria imagem. Quando olhamos para Jesus nos tornamos mais parecidos com Ele.
Vejamos o exemplo de Pedro, quando ele olhou para Jesus e obedeceu sua voz, Pedro andou por sobre as águas. Ao olhar para Jesus, Pedro fez o que é impossível. Mas seguindo a leitura, vemos que Pedro reparou na força do vento e teve medo, sendo assim ele começou a submergir. Quando olhamos para as circunstâncias, nós afundamos.
Temos que manter nossos olhos em Cristo em todo o tempo, pois somente dessa forma poderemos andar longe de toda ansiedade desse mundo, poderemos andar no padrão elevado de Cristo e seremos transformados dia a dia a sua imagem, sendo cada vez mais parecidos com Jesus.
“Contemplar a Cristo é uma coisa muito simples. Basta colocar as motivações e intenções que há no nosso coração, em jesus”.
“É colocar o nosso coração de joelhos diante de Jesus, sua vida e sua obra”.
JESUS NOSSO PONTO DE REFERÊNCIA
I. INTRODUÇÃO
Gostaria de começar fazendo uma pergunta aos irmãos: Existe alguém aqui que fez a obra do senhor com perfeição? Existe JESUS.
Quando dois ou três estão reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles. Jesus está aqui, portanto existe alguém aqui que fez a obra com perfeição.
Temos um problema, pois a igreja aceita muito bem a Jesus NA CRUZ, RESSUSCITANDO, OU SENTADO NO TRONO, mas não vê Jesus como obreiro perfeito.
Existem dois mil anos de pó sobre Jesus como obreiro, temos que limpar todo este pó para olharmos para o nosso autor e Consumador da fé.
A sua maneira de operar e a sua estratégia a muito que foi considerada ultrapassada. Alguns afirmam que Jesus deveria ter vindo no século XX, pois assim poderia usar a televisão.
Outros se gabam de seus Seminários e cursos de formação de Pastores.
Amados, o que mudou? A tecnologia, a moda, etc., mas o homem continua o mesmo, o seu problema continua sendo sua independência de Deus. Portanto, podemos pregar outro evangelho? É claro que não, pois o homem continua o mesmo e necessitando das mesmas coisas.
O problema que temos é que não entendemos que o “COMO DE DEUS” é absoluto.
O que Deus quer? Uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. Alguns afirmam isto. Alguns concordam neste ponto. Mas quando perguntamos: COMO DEUS QUER ISTO ? Existem muitas respostas. Mas hoje quero afirmar que só tem uma resposta para esta pergunta e ela é: JESUS, ELE É O NOSSO ÚNICO PONTO DE REFERÊNCIA.
Não me importa os homens de sucesso, os ministérios reconhecidos mundialmente, não servem como ponto de referência. O que fazem que não está de acordo com JESUS isto então serve.
PORQUE ? Porque Jesus é o nosso único ponto de referência, só assim não seremos enganados pela enxurrada de novidades que surgem no meio da igreja.
Vejamos dois exemplos: A Coca-Cola, O Tabernáculo.
Amados não temos dúvida que Jesus é o nosso único ponto de referência.
Sendo assim vejamos como Ele fez a obra:
A- CONSAGRAÇÃO
Jesus pregou um evangelho qualificado. Levou todos os seus discípulos a consagração.
Aqui quero ressaltar algo com muito temor que está em Gálatas 1:6. Não existe outro evangelho, diferente do que o Nosso Senhor pregou, temos que pregar o mesmo evangelho que Ele pregou. Se não, poderemos ser malditos.
Alguém aqui quer ser maldito? Certamente que não. Então atentemos bem para o que Jesus pregava e como pregava, pois não podemos fazer diferente e nem inventar coisa alguma. O Senhor certa vez falou uma parábola sobre “O JOIO E O TRIGO” e nela menciona que o inimigo é quem semeia o joio no meio do trigo.
Amados, com o evangelho que temos escutado por ai, temo que o inimigo nem tenha mais que fazer este trabalho, pois os próprios pregadores estão se encarregando de fazer por ele.
O evangelho que é pregado tem produzido homens e mulheres sem compromisso e submissão a Deus.
Diferença que observo entre Jesus e alguns pregadores :
1. A pregação das promessas sem as demandas. Lucas 12:32, Mateus 11:28
Existem promessas, mas também existem condições, exigências, Crer sem obedecer é ter uma fé morta, inoperante. Mateus 4:23, 9:35, Atos 28:31, Lucas 14:33, Lucas 9:57-62. Quem coloca as condições é JESUS.
2. O homem e a sua felicidade é o centro da mensagem.
Jesus, sua vontade e seu reino é o centro da mensagem. O homem deve buscar a deus e a sua vontade. A felicidade é um subproduto, uma conseqüência. Ex. Madre Tereza.
“O Senhor não nos chamou para sermos felizes, mas nos chamou para sermos santos e irrepreensíveis”.
3. Deus é o servo a serviço do homem. No princípio era o homem e se fez Deus para resolver os seus problemas.
4. Condição para ser salvo : aceitar a Jesus como seu Salvador.
Condição para ser salvo : submeter-se ao Senhorio de Jesus.
5. Conversão sem compromisso.
Conversão com as condições para ser um discípulo. Lucas 14:26-27
6. Consagração é um passo opcional e progressivo depois da conversão.
Consagração é conversão, conversão é consagração. Lucas 9:57-62
7. O reino é no céu.
O reino é o governo de Deus em nossas vidas. Mateus 6:10
8. A graça de Deus é a permissão para não sermos tão santos.
A graça é o poder de Deus para sermos santos. Romanos 6:12-14
B) SELEÇÃO
Jesus trabalhou por níveis: Multidão (Atendia), 500, 120 (ensinava), 70, 12 (treinava), 3 (abria o coração, se expunha).
Aqui temos um princípio para aplicarmos ao fazer a obra, hoje nós vemos um trabalho massificado, impessoal que não forma as vidas.
O que fazer? Como Jesus fez. Marcos 3:13-14
Vejamos Mateus 9:35-38. Jesus tinha compaixão pela multidão, mas o que Ele faz? Dedica-se a doze homens.
Temos que ter muito cuidado para não desorientar-nos com as multidões. Jesus tinha grande compaixão, mas não se desorientou. Ex. A pesca maravilhosa.
Uma grande obra é fruto de uma pequena obra feita com fidelidade.
Amados, temos que fazer diferenciação. O problema sério é que temos a tendência de ocuparmo-nos com os problemas e deixar os que estão prontos para serem formados. Nunca ouviu aquela história: O que você faz para ter tanta atenção (problemáticos).
Temos que nivelar pelos que querem e não pelos pacotes do diabo, é verdade que todos são bem vindos para o abraço, e para o beijo. Mas temos que fazer discípulos.
Cuidado onde ocupas seu tempo, avalie bem, pois os teus discípulos farão o mesmo.
Exemplos de diferenciação: Vigília, Jejum, Retiro, etc…
Vejamos I Tessalonicenses 5:12-14. Paulo sugere maneiras diferentes de tratamento, II Timóteo 2:2.
João fala em filhinhos, Jovens e Pais. Portanto, amados nós também devemos trabalhar por níveis e fazer diferenciação.
C) TREINOU
Como? Com Apostilas? Com horário marcado? Com dia marcado? Com muitas reuniões? Nas casa? Nos templos? Certamente que não.
Nós temos gastado muito tempo na formação do caráter dos discípulos através do aconselhamento, de estudar juntos algumas porções das Escrituras. Não é que isto esteja errado, pois o Senhor esteve algumas vezes a sós com os seus discípulos.
O problema é que gastamos muito tempo escondidos dentro das casas. Este tipo de discípulo eu chamo de “Discípulo de divã”.
Discípulado de divã forma covardes (dependentes do discipulador).
Vocês já ouviram falar nos: Discicólogos e disciloucos.
Ex. Discípulo que trabalha não dá trabalho.
Onde Jesus treinou os seus discípulos? Na rua. Mateus 5:1, 9:38, Jesus fazia mais de uma coisa de cada vez.
O Senhor gastou 90% do seu tempo na rua e 10% nas casas e em reuniões. Nós somos o inverso gastamos 90% nas casas e reuniões e em alguns lugares e só 10% nas ruas.
Nós temos que inverter esta situação. A igreja em Jerusalém entendeu como o Senhor fazia e fez igual. Tenho duas perguntas:
1. Como encheram Jerusalém com a sua doutrina? Atos 5:28 – Rua
2. Como contavam com a simpatia do povo? Atos 2:46-47 – Rua
Amados, leiamos Atos 5:12. A Escritura nos diz em Atos 2:46 e 5:42 que eles perseveravam diariamente.
Por isso, ficaram conhecidos. Atos 5:16.
Amados, encontremos o nosso pórtico de Salomão e sejamos perseverantes. O nosso único ponto de referência é Jesus.
D) RELACIONOU-OS
O Senhor estabeleceu dois níveis de relacionamento na Igreja um é o relacionamento entre Mestre / discípulo. Este já conhecemos bem. O outro foi entre companheiros, entre iguais.
Primeiro o Senhor relacionou intensamente com os seus discípulos e depois os enviou de dois em dois.
Aqui temos uma série de coincidências: Os 12 de dois em dois, os 70 de dois em dois, mandou dois buscarem o burrinho, mandou dois prepararem a ceia, dois iam para Emaus, dois subiram ao templo (pórtico) para orar, dois foram enviados para Samaria, e dois foram separados em Antioquia para fazerem uma obra que o Espírito tinha preparado.
Quantas coincidências, será que não há um principio estabelecido pelo Senhor? Será que o Senhor conhecia Eclesiastes 4:9? É claro que sim.
Mas eu tenho visto um grande erro neste relacionamento nos nossos dias. Vejamos: Marcos 6:7-13.
Muitos relacionamentos tem mudado a prioridade, pois a primeira finalidade do companheirismo é fazer a obra juntos, depois é que nesta tarefa surgirão os problemas de caráter e então nós trataremos.
Tenho visto muitos irmãos ficarem de picuinha uns com os outros em vez de fazerem a obra que o Senhor nos encomendou.
Primeiro saímos, pregamos, fazemos discípulos e então nos tratamos, esta é a ordem no companheirismo.
É importante entendermos que estes são relacionamentos fortes e resistentes, que não se quebram ao sinal do primeiro problema e que também são específicos e objetivos.
Se ficarmos presos apenas aos relacionamentos específicos então temos um sistema e não um corpo ajustado e vinculado pelo auxilio de todas as juntas.
Temos que fazer no mínimo isto, mas o Senhor espera que extrapolemos o mínimo.
Muito importante é o tempo que se entra neste relacionamento de companheirismo. O Senhor os relacionou quase no fim do seu ministério, ou seja, depois que os equipou. Portanto, não sejamos precipitados em relacionar bebês com bebês, pois acabarão brigando um com o outro.
Alguns se aventuraram a fazer a obra do Senhor, sozinhos e para estes tenho um conselho : II Coríntios 2:12-13.
Outros podem perguntar porque fazer assim? A resposta e simples. Porque o Senhor fez e nos mandou fazer.
E) DELEGOU
O Senhor os enviou para fazer o que? O que Ele fez com eles. É o que foi? Pregar o evangelho do Reino, selecionar, treinar, relacionar, delegar. Para que façam o que ? Para que preguem o reino, selecionem, treinem, relacionem, deleguem, etc…
Amados, o que estava na mente dos discípulos quando Jesus lhes ordenou para que fizessem discípulo em Mateus 28:18-20 ? Reuniões, Salões, músicos, etc. Não, o que estava em suas mentes e em seus corações era Jesus. Assim como Ele fez assim eles fizeram.
“… o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e o nossas mãos a palparam, com respeito ao verbo da vida o que temos visto e ouvido anunciamos…”.
Será diferente conosco? É claro que não. O que estava na mente e no coração dos apóstolos é o que deve estar em nossas mentes corações e isto é: JESUS COMO NOSSO ÚNICO PONTO DE REFERÊNCIA.