Lc 8

Lc 8: 14 – “A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.”

A parábola do semeador apresenta quatro conseqüências diferentes depois que a semente é lançada. No primeiro caso não existe arrependimento, no segundo caso o indivíduo chega a caminhar um tempo com os irmãos, mas logo vindo a provação ele desiste. O último caso é aquele que de fato viu Jesus e entendeu o propósito eterno de Deus e vive sua vida dedicada a Cristo.

Minha preocupação é o terceiro caso, pois esses tinham tudo para se tornarem como o último e viver uma vida cheia da plenitude do Espírito Santo, mas os cuidados do mundo, as fascinações da riqueza, os deleites da vida fazem com que esse indivíduo se torne infrutífero.

Os discípulos de Jesus sabendo que a árvore que não produz fruto é cortada e lançada ao fogo (Mateus 7: 19), sabendo que haverá uma multidão de perplexos diante de Deus no Grande Dia (Mateus 7: 21 – 23) e entendendo pela parábola das dez virgens (Mateus 25: 1 – 13) que Jesus virá para aqueles que desejam sua vinda mais que tudo, devemos cuidar com o que o Senhor quer nos falar.

Olhar para o exemplo de Jesus, tão simples, que viveu uma vida perfeita e irrepreensível, fez uma obra tremenda e grandiosa. Jesus estava totalmente desapegado das coisas do mundo. Quando pediram para Ele pagar imposto, Ele tirou a moeda do peixe que pescou; quando precisou alimentar-se junto a uma multidão, Ele multiplicou os pães e peixes. Jesus não estava nem um pouco preocupado com o que ia comer, beber ou se vestir no dia seguinte. Jesus apenas se preocupava em fazer a vontade do Pai e o Pai, como prometera em Mateus 6: 33, lhe dava todo o sustento.

Enquanto isso nós dizemos que Jesus é nosso ponto de referência, mas nosso trabalho, nossas compras parceladas, nossas faculdades, pós graduações, mestrados, doutorados, nossas viagens, férias, vídeo games, filmes, campeonato brasileiro, nossa música secular, nossa preocupação no que vamos dar de comer a nossos filhos, em como vamos pagar suas escolas e tantas outras coisas no prendem nessa miserável planeta perdido e condenado. Não se trata de pecado, pois podemos fazer um mestrado na motivação de cooperar com o propósito do Senhor e colher frutos do nosso curso. Mas aonde está o nosso coração?

Muitos discípulos não frutificam porque estão presos as coisas terrenas, vivem ansiosos e não conseguem abrir mão do que é lícito para buscar uma vida piedosa. A liberdade que Deus nos deu é para sermos santos e vivermos para Ele, não para nos deleitarmos no máximo que nossa carne pode ter sem perder a salvação. Cuidemos e temamos, pois muitos ficarão perplexos no Grande Dia do Senhor.