Ed 9 – 10
Ed 9: 31 – “Na hora do sacrifício da tarde, levantei-me da minha humilhação, com as vestes e o manto já rasgados, me pus de joelhos, estendi as mãos para o Senhor, meu Deus, e disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a face, meu Deus, porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa cresceu até aos céus.”
A atitude de Esdras lembra um pouco à de Josias, pois quando deparou com uma situação de pecado e percebeu o quanto o povo desagradava o coração de Deus, Ele rasgou suas vestes e se humilhou diante do Senhor. Esdras fica totalmente sem reação, confuso, num gesto muito parecido com o de qualquer pessoa que tenha um coração contrito.
Deus quando vê o coração contrito de Esdras, Ele começa um trabalho de restauração em Israel de forma que todo o povo se mobiliza para se santificar para o Senhor. Nem todos os judeus aceitam o preço, mas todos os que ficam decidem pagar o preço para ver o governo de Deus sobre Jerusalém.
O trabalho de restauração começa com um coração contrito. Sejamos sempre humildes diante do Senhor, deixemos Ele moldar nosso caráter dia a dia.
Um coração contrito e quebrantado, Deus não despreza jamais!
Salmo 34:18 – Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito.
Coração conpungido e contrito = convicção de pecado. Convence-nos do nosso real estado diante de um Deus Santo, Santo, Santo.
A Restauração da Verdade
Introdução:
Qualquer movimento que visa a restauração ou a renovação da igreja, não tem sua origem numa reforma teológica, mas sim, na soberana ação do Espírito Santo. A base de qualquer reforma são os ensinos de Jesus, dos apóstolos e a vida da igreja do começo.
A ação do Espírito Santo tem produzido mudanças significativas na vida da igreja de hoje. Por séculos a igreja se desviou da verdade e, nestes últimos anos vem se acelerando a restauração da verdade produzindo uma igreja santa, pura e sem mácula. A igreja (a noiva) para quem Jesus virá.
A teologia, a forma de culto, os métodos usados e a própria estrutura da igreja, devem ser instrumentos que ajudem a atingir o propósito de Deus. Eles não são o fim mas o meio. O que importa realmente é a mudança na vida daqueles que buscam a Deus e o seu propósito.
Nossa Alegria não é ter uma teologia correta ou métodos eficazes, mas sim ver homens e mulheres cheios do Espírito Santo, submissos, consagrados ao Senhor, generosos, humildes, santos; ver famílias em harmonia, paz, amor, sujeição, respeito, carinho; ver crescer um povo de Deus que canta, louva, ora, jejua, serve, testifica, ama, perdoa, cresce, multiplica-se e se parece com Jesus.
Muitas mudanças têm ocorrido nestes últimos anos no que se refere à reforma TRADICIONAL EVANGÉLICA de crer, cultuar, trabalhar e viver.
Existe um grande contraste entre TRADIÇÃO (conceitos abraçados pela igreja que são subtrações, distorções e invenções humanas) e a VERDADE REVELADA que é pura e simples.
Parte I: O Evangelho do Reino
A TRADIÇÃO X A REVELAÇÃO
Evangelho das Ofertas (aquele que visa a necessidade do homem, o evangelho orientado ao homem).
Evangelho do Reino (O que Jesus pregou e aplicou, o evangelho orientado à Deus)
a) A pregação de todas as promessas e bênçãos de Deus sem as demandas (as exigências e condições) do reino colocadas por Jesus.
– Evangelho segundo os santos evangelhos: somente os textos sublinhados.
Exemplo:
Lucas 12:32 – promessa
Lucas 12:33 – demanda
Mateus 11:28 – promessa
Mateus 11:29 – demanda
b) O homem e a felicidade do homem é o centro da mensagem. O evangelho das ofertas impõe condições à Deus para o servi-lo.
Deus não nos chamou para sermos felizes e sim para sermos santos. a) Existem promessas, mas também existem condições, exigências. Crer sem obedecer é ter uma fé morta, inoperante: vinde a mim não tem nenhum valor sem tomai o meu jugo.
Exemplo:
Mateus 4:23
Mateus 9:35
Atos 28:31
Lucas 14:33 (ver o jovem rico)
Marcos 8:34-36
Lucas 9:57-62 (só Jesus pode colocar as condições).
b) Jesus, sua vontade, sua autoridade e seu reino é o centro da mensagem. O homem deve buscar a Deus e sua vontade. A felicidade é um subproduto (uma consequência) Romanos 12:1-2
Exemplo: Madre Tereza (sucesso é fazer a vontade de Deus, mesmo que seja cuidar de doentes terminais e vê-los morrer dia a dia).
O desejo egoístico de felicidade é tão pecaminoso como qualquer outro desejo egoísta. Sua raiz está na carne, que jamais pode ter crédito diante de Deus.
As pessoas estão cada vez mais desculpando toda sorte de pecados baseadas em que estão apenas procurando um pouco de felicidade.
Quase todos os livros e filmes populares presumem que a felicidade pessoal é o legítimo fim da dramática luta humana.
Também se sente o efeito deste pensamento no meio do povo de Deus. Com demasiada frequência o evangelho é apresentado como um meio para a felicidade, para a paz mental ou para a segurança. Existe até os que usam a Bíblia para relaxar, como se fosse um entorpecente.
Até que ponto isto tudo está errado, descobriremos facilmente com a leitura completa do Novo Testamento. Ali a ênfase não é a felicidade, mas a santidade. Deus está mais interessado no estado do coração do homem do que no estado dos seus sentimentos. É claro que a vontade de Deus dá felicidade final aos que lhe obedecem, mas a questão mais importante não é o quanto somos felizes, mas o quanto somos santos.
Infantil clamor por felicidade, pode se tornar uma verdadeira armadilha. Uma pessoa pode enganar-se facilmente cultivando certa alegria religiosa, sem uma vida reta correspondente. Ninguém deve desejar ser feliz, se não desejar ao mesmo tempo ser santo. Deve gastar os seus esforços procurando conhecer e fazer a vontade de Deus, deixando com Cristo a questão de quanto feliz será.
Parte II: O Propósito Eterno de Deus
c) Deus não é Senhor, é um servo a serviço do homem (No princípio era o homem e se fez Deus para resolver seus problemas).
d) A graça de Deus é a permissão para não sermos tão santos.
e) Condição para sermos salvos: aceitar a Jesus Cristo como o seu salvador.
f) Conversão sem compromisso.
g) Consagração (dedicação total da vida a Deus) é um processo opcional e progressivo depois da conversão.
h) O Reino é futuro, na 2ª vinda de Cristo.
i) O Reino é no céu.
c) Deus é Senhor e nós somos servos.
d) A graça é o poder de Deus para sermos santos.
e) Condição para sermos salvos: submeter ao senhorio de Cristo. Hebreus 5:8-9; Atos 2:38; Mateus 7:21-23.
f) Conversão com as condições para ser um discípulo. Lucas 14:26-27
g) Consagração é conversão, conversão é consagração. Lucas 9:57-62
h) O Reino é presente e futuro. Colossenses 1:13
i) O Reino é o governo de Deus em nossas vidas: AQUI E AGORA. Mateus 6:10
Parte III: Batismos, Ceia do Senhor,
Confissão de Pecados, Dons Espirituais, Doutrina,
1. Batismo: Não passa de um símbolo. Não é necessário para a salvação, nem para perdão de pecados. É um passo de obediência, um testemunho público de fé.
2. Ceia do Senhor: O pão e o vinho são meros símbolos recordatórios da morte do Senhor (esta postura foi uma reação anti-católica).
3. Confissão de Pecados: Deve-se confessar os pecados somente a Deus.
4. Dons Espirituais:
A) Grupos Tradicionais: os dons e carismas sobrenaturais terminaram no tempo dos apóstolos.
B) Grupos Pentecostais: aceitam, porém têm conceitos místicos.
a) Substituem a palavra pelo dom. Exemplo: aceitam mais a profecia do que a palavra revelada.
b) O dom é prova de espiritualidade, está acima da santidade.
c) O dom substitui as autoridades delegadas na igreja.
d) Os dons são usados como atrativo para os incrédulos
5. Doutrina: são conceitos sobre Deus, Jesus, Espírito Santo, Bíblia. Exemplo: doutrina do homem, doutrina de Deus. 1. Batismo: É a realidade da nossa vida. É o ato pelo qual, pela fé, somos colocados em Cristo Jesus. Nesse momento opera-se a salvação e o perdão dos pecados (Atos 2:38; Marcos 16:16; Colossenses 2:11-13; Gálatas 3:27; I Pedro 3:20-21; Romanos 6: 1-14).
2. Ceia do Senhor: O sinal exterior (pão e vinho) quando recebido pela fé tornam-se realidades em nossa vida (João 6:53-57).
3. Confissão de Pecados: É o andar na Luz (I João 1:7-9) e há mandamento específico para se confessar os pecados uns aos outros (Tiago 5:16).
4. Dons Espirituais:
Os dons são complementos da Palavra. A Palavra de Deus é absoluta e inquestionável.
a) Os dons devem ser julgados (I Coríntios 14:29; I Tessalonicenses 5:20-21).
b) Pode-se ter muitos dons e ser carnal (Mateus 7:21-22; I Coríntios 3:1; I Coríntios 13:1-13).
c) Deus não governa através da manifestação dos dons, mas sim pelos ministérios e autoridades delegadas (I Coríntios 12:28)
d) Jesus não usava os dons como atrativo. Ele pedia que não contassem a ninguém. Da multidão que foi curada por Jesus só sobrou 120 pessoas.
5. Doutrina: são orientações práticas para a vida diária de um discípulo (Tito 2:1; Mateus 7:28-29).
Parte IV: Igreja, Unidade, Pastoreio, Ministério, Edificação
1. Igreja: É a denominação sectária e o local de reuniões; Minha igreja…, vou à igreja…
2. Unidade: Mística, Invisível, Universal.
3. Pastoreio: Pastor solitário e um faz tudo.
4. Ministério: É o serviço de alguns especialistas bem preparados teoricamente em seminários.
5. Edificação:
– em grandes reuniões e nos templos;
– pulpitocentrismo;
– sermões elaborados;
– reunionismo. 1. Igreja: Efésios 1:22-23; A igreja é o corpo vivo de Cristo – é uma só. A igreja da localidade é formada por todos aqueles que são submissos ao Senhor.
2. Unidade: Prática, Visível, Na localidade. (João 17:21)
3. Pastoreio: Um corpo de presbíteros (Atos 20:17; Tito 1:5; Atos 13:1).
4. Ministério: Todos os santos são sacerdotes. Todos têm ministério na casa do Senhor (I Pedro 2:9; Efésios 4:12).
5. Edificação:
– nas casas (Romanos 16:10-11, 14-15; Atos 20:20; I Coríntios 16:15-19; Filipenses 4:22; Colossenses 4:15).
– nos relacionamentos das juntas e ligamentos (Efésios 4:15-16).
Conclusão: Todos os bons movimentos de renovação ou restauração originaram de uma volta a um ponto comum: a igreja primitiva, os ensinos de Cristo e dos Apóstolos.
O problema se origina quando um desses movimentos, depois de uma trajetória, não segue buscando a origem do cristianismo para sua orientação futura, mas sim a sua origem particular. A maioria das denominações ficam mais fiéis à sua doutrina denominacional do que a doutrina apostólica.
Para não cair no sectarismo, devemos recorrer permanentemente à nossa origem: CRISTO E OS APÓSTOLOS. Não devemos ser fiéis a restauração, mas ao SENHOR JESUS.