Sl 45 – 51
Sl 45: 10 – 11 – “Ouve, filha; vê, dá atenção; esquece o teu povo e a casa de teu pai. Então, o Rei cobiçará a tua formosura; pois ele é o teu senhor; inclina-te perante ele.”
“Não temas, quando alguém se enriquecer, quando avultar a glória de sua casa; pois, em morrendo, nada levará consigo, a sua glória não o acompanhará.” (Sl 49: 16 – 17)
“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Sl 51: 17)
Ouve, igreja, dá atenção! Esquece as coisas desse mundo! Então o Deus cobiçará a tua formosura; pois Ele é o teu Senhor; inclina-te perante Ele! É tempo de santificação, tempo de deixar até as coisas lícitas para desfrutar do relacionamento com o Senhor. Jesus não vai voltar para uma igreja mais ou menos santa. Jesus merece uma noiva perfeita, sem defeitos, sem rugas e sem máculas. Temos que nos preparar para o grande dia de sua vinda e olhar para Cristo, valorizar aquilo que é eterno. Afinal, o que levaremos desse mundo? Qual riqueza por maior que seja que não seja passageiro e pura vaidade? Se o sacrifício agradável a Deus é o nosso coração contrito, vamos dar isso a Ele, pois assim Ele vai moldando o nosso caráter e nos aperfeiçoando dia a dia até que todos cheguemos a unidade da fé e do pleno conhecimento do filho de Deus (Efésios 4: 13). Isso sim tem valor eterno!
“A cruz é o mais perfeito sinal de maturidade do discípulo”.
“Olhando para o Novo Testamento vemos que a ênfase não é a felicidade, mas a santidade. Deus está mais interessado no estado do coração do homem do que no estado dos seus sentimentos. É claro que a vontade de Deus dá felicidade final aos que lhe obedecem, mas a questão mais importante não é o quanto somos felizes, mas o quanto somos santos”.
Quem Senhor habitará?
“Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria di-to. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, vol-tarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.2-3).
“Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que habitem comigo; o que anda em reto caminho, esse me servirá” (Sl 101:6).
“1 Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?”.
“2 O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade”;
“3 o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho”;
“4 o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao Senhor; o que jura com dano próprio e não se retra-ta”;
“5 o que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente. Quem deste modo procede não será jamais abalado” (Sl 15).
“Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do Senhor a bênção e a jus-tiça do Deus da sua salvação. Tal é a geração dos que o buscam, dos que bus-cam a face do Deus de Jacó” (Sl 24.3-6).
A pergunta
Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo?
Quem há de morar no teu santo monte?
Aqui o salmista não está querendo saber nomes, mas sim que classe, que tipo de homens en-trará na presença do Senhor. São perguntas fortes que conduzem a uma grande reflexão. O cumprimento levará o homem a uma grande comunhão com Deus. Levará a intimidade.
Quem, Senhor, pode ser teu íntimo? Quem pode ser segundo o Teu coração?
A resposta
A resposta está duas formas: positiva e negativa. Deus mostra as ações que requer que o ho-mem faça, que são indispensáveis para se viver na sua presença. Mas para não deixar dúvida alguma, Deus reafirma que o pecado impede completamente do homem se achegar à intimida-de com o Pai. O salmista mostra de forma detalha o que não se pode fazer.
“Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal” (Sl 5:4).
O que É para se fazer Resposta positiva
O que vive com integridade,…
Em outra tradução fala “Aquele que vive em sinceridade”. Sincero é uma palavra proveniente da arte greco-romana “sine cera”, sem cera: como ficava uma escultura de mármore depois que o sol derretia qualquer cera colocada para esconder falhas. Sem mistura. Verdadeiro. Íntegro, aquele que é o mesmo em todo e qualquer lugar.
“Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade” (Pr 2:7).
… e pratica a justiça…,
Vive pleno da justiça de Deus, em Cristo Jesus.Sabe que foi aceito, comprado, resgatado pelo precioso sangue de Cristo. Foi feito nova criatura, seus pecados foram perdoados. Agora tem rumo para vida, tem um propósito a seguir e galgar.
Mas não se para aí. Sabe que tem uma obra a cumprir. Sabe que foi designado por Deus para proclamar as virtudes do Pai (1Pe 2.9) a todos os homens.
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).
“Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele” (1Jo 2.29).
… e, de coração, fala a verdade;…
Duas coisas podemos tirar daqui:
Primeiro, “… de coração…” O homem que tem comunhão com o Pai, que viverá na sua inti-midade é aquele que quando fala, fala de coração. Fala com amor. Não é precipitado no falar. Não “vomita” verdades prol da sinceridade, fala de coração. Como o Pai eterno lhe fala.
Segundo, “… fala a verdade…” Não é dissimulado, não esconde coisas, assim como não fica a falar leviandades, tagarelices sem fim.De sua boca só sai o que edifica. De sua boca só sai palavras retas, puras, justas e boas transmitindo graça aos que ouvem. Transmitindo vida aos homens.
“Quem é o homem que ama a vida e quer longevidade para ver o bem? Re-freia a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente” (Sl 34:12-13).
“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros” (Ef 4.25).
… o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo…
O que despreza aquilo que o Pai também despreza: o pecado em todas as suas formas e ma-neiras de se apresentar, seja televisivo, cinematográfico, literário, musical, artístico e etc… Não importa, o pecado para Deus é pecado e sempre o será pecado.
“… o que tapa os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o mal” (Is 33.15).
“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” (Is 5:20).
… mas honra aos que temem ao Senhor…
“Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer” (Sl 16:3).
“Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus pre-ceitos” (Sl 119:63).
… o que jura com dano próprio e não se retrata…
Arca com as conseqüências, não fica a transferir para os outros suas responsabilidades, nem dá uma de desentendido. Sabe que fez algo e assume o que fez.
“Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos” (Mt 5:33).
O que Não é se fazer Resposta negativa
… o que não difama com sua língua,…
Parece que só declarar o que já foi dito não é suficiente. Deus conhecendo como conhece nos-sos corações, deixa bem claro algo mais sobre a língua, sobre a fala do homem. O homem gos-ta de falar dos outros, nem que seja só para observar algo.
“Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vi-da do teu próximo. Eu sou o Senhor” (Lv 19:16).
“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz” (Tg 4:11).
Devemos entender que um discipulador que busca conselho e fala do discípulo é diferente da-quele que difama. Porque está buscando conselho e não simplesmente comentando, fofocando da vida alheia. Está buscando direção, conselho.
… não faz mal ao próximo,…
Nem mesmo àquele que o persegue (como Davi que não matou a Saul, um rei louco). Mas co-mo nossos corações sãos corruptos devemos estar sempre nos questionando se estamos fa-zendo mal a alguém. Como será que posso fazer mal ao meu próximo?
Tanto por ação como por omissão. Poço fazer mal tramando, agindo contra alguém como tam-bém deixando de praticar aquilo que deveria ser feito.
Veja só: o Senhor tem nos mandado a fazer discípulos, não só para glorificar o seu nome, mas também porque Ele sabe que há muitos perdidos, necessitando que alguém lhes faça o bem, proclamando a verdade, discipulando. Mas, também, quando o Senhor nos determina que se-jamos cabeças, pais coerentes e não o somos, estamos fazendo mal ao nosso próximo, nossa esposa, nossos filhos.
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós tam-bém a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7:12).
… nem lança injúria contra o seu vizinho…
Podemos não praguejar, mas o fato de já estar falando mal dos vizinhos barulhentos, brigões, fedorentos, inconvenientes, etc já erramos. E, com freqüência, estamos a reclamar dos nossos vizinhos! Se ele é incrédulo, precisa do nosso amor e misericórdia para receber o evangelho. Se já é irmão, então, precisamos conversar para ajustar as diferenças.
“O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões” (Pr 10:12).
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (1Co 13:1).
… o que não empresta o seu dinheiro com usura…
“A teu irmão não emprestarás com juros, seja dinheiro, seja comida ou qual-quer coisa que é costume se emprestar com juros” (Dt 23:19).
… nem aceita suborno contra o inocente.
“Também suborno não aceitarás, porque o suborno cega até o perspicaz e perverte as palavras dos justos” (Ex 23:8).
Judas aceitou suborno contra Cristo, o justo, o inocente.
“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mateus 5:20).
Não é exceder um pouco, ou uma dose pequena. É exceder em muito. Parece que Jesus é exa-gerado. Mas, neste mundo com tantos religiosos e espíritas andando e fazendo tantas coisas boas e retas, que se o homem optar pela mediocridade, não irá salgar, não irá sobressair como a luz da alva. Nosso modelo é Jesus. Não podemos nos conformar com menos. O Pai nos cha-mou para a excelência. E, é em excelência que devemos viver.
A promessa
Quem deste modo procede não será jamais abalado
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será compa-rado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha” (Mt 7:24-25).
“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar” (Tg 1.22-25).
“Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1.10-11).
“O Senhor, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado” (Sl 16:8).
“Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado” (Sl 55:22).
“Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente” (Sl 84:4).
Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face de Deus.
precisamos dispor nosso tempo pra buscar Jesus!
pois o que Ele quer fazer em nos nao tem limites… e so a gente buscar! depende da nossa disposicao!