Jr 31 – 32
Jr 32: 40 – “Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.”
“Eis aí vem dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menos até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.” (Jr 31: 31 – 34)
Jesus é a nova aliança, aquele que hoje vive em nós e nos capacita a sermos santos. Graças a Ele hoje temos livre acesso ao Pai, de forma que podemos receber nosso alimento diário diretamente de Deus. Graças a Jesus, nossos pecados foram esquecidos quando nos convertemos e andamos na luz. Glória a Cristo pela nova aliança!
Que todos os dias nos relembremos desta aliança ! Ef 2 nos fala desta nova vida em Cristo qd nos convertemos “pois por meio dEle (Jesus) temos acesso ao Pai, por um só Espírito ” (v18).
Aleluia! Uau, que bênção essa nova aliança! “o véu que separava já não separa mais”… O sangue de Cristo nos livra do pecado!
VIVER PELA FÉ
“Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.” Hebreus 10: 38
Aqui não diz respeito à vida eterna mas “ter vida por meio da fé”. Desejo falar algo sobre como Deus nos liberta da vida de sentimento e nos leva ao estado de viver pela fé, para que possamos entender a genuína experiência espiritual.
1. VIDA OSCILANTE E VIDA INSTÁVEL
Muitos falam de uma freqüente dificuldade espiritual: algumas vezes se sentem secos e sem entusiasmo; outras vezes se sentem como se estivessem numa caverna escura e se desesperam da vida; depois sentem como se estivessem no topo de uma montanha com liberdade absoluta. Desejam ardentemente permanecer nessa situação, contudo, na realidade, vivem uma vida oscilante com muitos altos e baixos. Quando estão no topo sentem uma imensa facilidade de orar. Quanto mais oram, mais desejo tem de orar. As Escrituras ficam doce como mel, as mensagens ouvidas entram como um bálsamo e a revelação surge facilmente. Vamos classificar a vida oscilante em dois estágio:
1.1. VIDA NO PICO DO MONTE
1.1.1. Desejo intenso de orar
1.1.2. Leitura das Escrituras são como mel na boca
1.1.3. As mensagens se tornam interessantes de todos os pontos de vista
1.1.4. Quanto mais damos testemunho do Senhor, mais palavras encontramos
1.1.5. Os encontros com a Igreja tem a sensação do céu
1.1.6. O jejum se torna uma necessidade máxima
1.2. VIDA NO VALE DO MONTE
1.2.1. Se oramos ou não nada muda pois o desejo de orar “se apaga”. Sentimos que é errado não nos aproximarmos de Deus em oração, porém quando o fazemos não sentimos sua Presença em nós.
1.2.2. As Escrituras se tornam meras palavras impressas.
1.2.3. Damos testemunho aos incrédulos porque nossa consciência volta e meia nos acusa e assim, relutantemente, falamos palavras como “Crendo em Jesus você terá vida eterna” mas interiormente sentimos que é uma frase feita e sem sentido e que não há nada mais que devamos falar.
1.2.4. Os encontros na Igreja são encarados como uma mesmice, ou rotina semanal
1.2.5. Ouvimos mensagens e achamos que não há nada de novo e assim não nos interessa.
Como muitos discípulos tem essa experiência com freqüência, eles acabam professando que é inevitável a vida oscilante e que uma vida estável está fora de alcance. Por outro lados muitos discípulos poderiam dizer que um discípulo não deve viver uma vida oscilante e que é possível ser estável até o fim.
Não é correto dizer que a vida de um discípulo tenha que ser oscilante, porém não é verdade afirmar que ela é constante do começo ao fim de sua vida com o Senhor. Como um médico, precisamos encontrar as causas, os sintomas e as conseqüências dessa doença para podermos chegar a um diagnóstico único. Portanto vamos descobrir como a vida oscilante de um discípulo comum começa e como ela se desenvolve antes de chegarmos a uma conclusão.
2. SENTIMENTO DE ALEGRIA SENDO VARIÁVEL
A vida de um discípulo começa no dia de sua salvação. Portanto devemos começar nosso estudo a partir daí. Alguém esteve triste no dia de sua salvação? No dia que uma pessoa encontra um tesouro deve ficar feliz. Este é o dia mais feliz de nossa vida, o dia que descobrimos que recebemos a vida eterna em nós mesmos. Que dia glorioso! As lágrimas, quando vem, são de pura alegria. Agora esta felicidade será perpétua? Não, esse sentimento durará por apenas algum tempo. O tempo varia, pode ser alguns meses, ou algumas semanas, depende muito. Porém é sabido que não dura muito. Com o tempo notamos que não sentimos a mesma alegria que sentíamos antes ao orar ou ler a escritura. Nós não deixamos de fazê-lo, mas nos decepcionamos com o que sentimos. Nessa conjuntura satanás vem e diz que não somos salvos, que estamos perdidos.
Porém esse estado de sequidão não dura muito, talvez algumas semanas, e assim que passa, nossa felicidade retorna. Não sabemos porém dizer como retornou. Em vista das falhas passadas, agora exercemos maior cuidado ao ler, orar e testemunhar. Há um temor de perdermos a alegria. Porém de nada adianta e depois de algumas semanas o sentimento de alegria se vai de novo. Pensamos: “Hoje estou orando, testemunhando e lendo as escrituras como ontem; porque há tanta diferença entre esses dois dias?”. Ficamos sem saber quem é Deus, ou que tipo de salvador é Jesus . Contudo após alguns dias, aquela felicidade retorna. Consequentemente nos sentimos revigorados e ficamos como no terceiro céu. O que consideramos como ascensão é quando temos interesse e desfrute ao ler a escritura, orar e dar testemunho. O QUE CHAMAMOS DE VIDA FLUTUANTE É NA VERDADE NOSSA CONDIÇÃO DE ACORDO COM O NOSSO SENTIMENTO.
3. O SENTIMENTO NÃO SENDO A BASE PARA A ESPIRITUALIDADE
Pela experiência de muitos filhos de Deus podemos observar o seguinte:
A alegria é invariavelmente maior a princípio e então diminui.
O grau de sequidão é pequeno a princípio e aumenta com o tempo
A intensidade da alegria diminui (mas se aprofunda) e sua duração se reduz.
O grau de sequidão aumenta (mas não se aprofunda) e sua duração se prolonga.
Há algum irmão ou irmã que ouse dizer que tenha mais sentimento de felicidade do que tinha quando foi salvo? Quando fomos salvos era como se estivéssemos cavalgando nas nuvens e parecíamos estar no cume do monte.
3.1. UM ERRO FUNDAMENTAL
O grande erro e mal entendido com relação à experiência espiritual é que temos a impressão de quando temos o sentimento de felicidade, tal é a época que nossa vida espiritual atinge o auge, e que quando não temos o sentimento de felicidade nossa vida está seca e infrutífera.
Exemplo do relógio
Isso se aplica a nossa vida espiritual. Quando encontramos Jesus, nós somos salvos e não há como não sermos felizes. Se uma pessoa não se alegra ao ser salva temo que ela ainda não tenha realmente encontrado Jesus.
De fato nós temos alegria quando somos salvos, mas esse sentimento logo se vai e acabamos pensando que perdemos o que tínhamos adquirido. Embora percamos o sentimento de alegria, o que recebemos do Senhor não perdemos de jeito nenhum.. Perguntamos: O Senhor Jesus mudou? Não! Deus mudou? Não! Acaso a vida eterna dispensada para dentro de você foi retirada? Não! O que um discípulo sente como uma vida flutuante é meramente sua condição de acordo com o seu sentimento, e isto não pode ser considerado como uma medida no julgamento da verdadeira condição de sua vida espiritual. É Deus quem faz a intensidade de nossa alegria diminuir e sua duração reduzir-se.
ISTO SE REFERE À EXPERIÊNCIA DE DISCIPULOS NORMAIS E NÃO A DE DISCÍPULOS ANORMAIS OU EMINENTES.
4. O OBJETIVO DO DECRÉSCIMO DE ALEGRIA E AUMENTO DE SEQUIDÃO
É a mão de Deus que faz a nossa alegria diminuir e a nossa sequidão aumentar. Quais são os propósitos de Deus ao fazer isso ao fazer isto? São os seguintes:
4.1. FAZER AS COISAS POR ELE E NÃO POR NÓS MESMOS
Oramos pela vontade de Deus ou pelo objetivo de nossas próprias necessidades? Se lemos a Bíblia ou oramos por causa do sabor que desfrutamos ao fazê-lo nosso propósito não visa a glória de Deus. Por causa disso Deus tira a nossa alegria e põe a sequidão. Precisamos perceber que o que achamos ser o auge de nossa espiritualidade é, na verdade, algo que vem da carne, do lado bom da carne. Deus quer ver nossa motivação. Quer ver se continuamos ou não a nos devotar a Ele mesmo sem os gloriosos sentimentos.
4.2. EXERCITAR A FORÇA DE VONTADE
Quando estamos com os nosso sentimentos favoráveis, parece que tudo se torna fácil. Se por natureza você é irascível, agora parece ser muito paciente. Logo depois, contudo, sua alegria parece ter escapado de você; você fica parecendo um ouriço que ninguém pode tocar. QUANDO NOS SENTIMOS SECOS TEMOS DE EXERCITAR A NOSSA FORÇA DE VONTADE SE QUISERMOS LER A ESCRITURA, ORAR OU PROCLAMAR.
Exemplo do barco.
O poder da ressurreição, mas se manifesta quando está rodeado por morte.
4.3. HABILIDADE PARA VENCER AS CIRCUNSTÂNCIAS
O sentimento de sequidão é o mais de difícil de se vencer; se você puder vencê-lo, então terá capacidade de dominar sobre suas circunstâncias. AQUELES QUE NÃO CONSEGUEM VENCER AS EMOÇÕES NÃO CONSEGUEM VENCER AS CIRCUNSTÂNCIAS
4.4. VIVER PELA FÉ
Se vivermos pela fé não seremos afetados por sentimento. Quando formos capazes de controlar nossos sentimentos externos, experimentaremos uma alegria profunda e serena no Senhor. Essa alegria é inabalável.
Precisamos ver que é o sentimento que muda e não nossa intenção. Podemos sentir que é monótono ler as escrituras, que não conseguimos orar corretamente e que somos impotentes em nosso trabalho, de modo que não nos sentimos entusiasmados por coisa alguma como antes. Então achamos que devemos ter falhado. Mas perguntamos: Qual é a nossa intenção, afinal de contas? Se houve uma mudança em nossa intenção, tudo bem, nada temos a dizer, pois realmente caímos. Mas se nosso coração está voltado para Deus ESQUEÇAMOS NOSSOS SENTIMENTOS! O JUSTO NÃO VIVE PELA EMOÇÃO E SIM PELA FÉ.
4.5. VERDADE TRANSFORMADA EM EXPERIÊNCIA REAL
Vamos ver algumas etapas que temos que passar para que a verdade se torne experiência real:
4.5.1. Ouvimos a verdade
4.5.2. Temos o “sentimento” da verdade
4.5.3. Proclamamos a verdade com muito entusiasmo
4.5.4. A verdade sendo provada em nós
4.5.5. Somos reprovados na verdade
4.5.6. Nos decepcionamos com a verdade pois somos reprovados e esquecemos. É como se Deus nos colocasse em uma caverna escura.
4.5.7. Durante o tempo que esquecemos da verdade, Deus começa a trabalhar fazendo com que ela se torne parte de nossa vida sem que estejamos conscientes disso.
4.5.8. Saímos da “caverna” e percebemos que a verdade se tornou verdadeiramente nossa, fazendo parte de nossa vida.
4.5.9. Proclamamos a verdade com bastante humildade e sem muita euforia, pois vimos que não depende de nós. Nesse ponto todo o orgulho se foi e não caminhamos ou falamos precipitadamente.
5. A VERDADE DEVE PASSAR POR UM TESTE.
Essa poesia foi escrita por um irmão chinês. Ele conhecia bem o que é ser provado:
“Em meu corpo, o Senhor desenhou flores, escreveu alguns caracteres e coloriu, e realmente está bonito. Contudo, ainda não pode suportar o toque manual, nem o lavar da água. A não ser que eu passe pelo fogo, nada ficará fixado. Oh! Eu não tenho opção a não ser entrar no forno, no qual há alguns se lamentando e alguns se queixando, mas a fim de garantir beleza duradoura, não tenho escolha a não ser suportar. Quando terminar, eu saio. Além de minha formosura exterior, também estou resistente interiormente. Todos os caracteres e pinturas tornaram-se firmemente um comigo, são todos meus, não podem ser apagados nem lavados. Agora não importa se sou colocado diante de reis, príncipes ou de qualquer outra pessoa.”
Portanto, quando você se sentir muito eufórico após ouvir um novo item da verdade, seja cauteloso não presumindo que você já o obteve. Quando estiver em uma caverna, onde tudo é escuro, não pense que perdeu a verdade que adquiriu. Lembre-se de que é durante o período na caverna que você realmente adquire a verdade.
6. VIVER APENAS PELA FÉ E NÃO RETROCEDER
Algumas vezes podemos sentir a leitura da Palavra insípida, todavia não podemos retroceder. Viver pela fé é viver nas realidades de Deus e não nos sentimentos confusos de nosso coração.
aleluia pela nova aliança!
a salvação que se estendeu pelo mundo todo..