Ez 34 – 36
Ez 34: 12 – 13 – “Porque assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que encontra ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; livrá-las-ei de todos os lugares para onde foram espalhadas no dia de nuvens e de escuridão.”
“Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque.
Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e se tornaram pasto para todas as feras do campo, por não haver pastor, e que os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas, – portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto.” (Ez 34: 1 – 10)
Dura a palavra de Ezequiel para os pastores de Israel. Por um lado nos enche de esperança ver o coração lindo de Deus em não desistir de nós nunca, pois Ele se dispôs a ir atrás de todas as ovelhas perdidas e todos nós sabemos que Ele enviou seu filho unigênito que morreu pelos nossos pecados para resgatar seu propósito eterno.
Mas por outro lado, se olharmos para a igreja hoje, que é o povo de Deus, quem são os pastores? Creio que o recado aqui é para todo discípulo que já desenvolveu maturidade para cuidar de vidas (ou deveria ter desenvolvido). Será que nós temos tido a carga que Deus espera de nós? Temos dado a nossa vida pelos nossos discípulos, pelos irmãos mais novos, os recém convertidos (afinal nossa responsabilidade não está limitada apenas de quem cuidamos oficialmente, mas somos responsáveis por todos)? Deus quer que fortaleçamos as ovelhas fracas, curemos as ovelhas doentes, liguemos as ovelhas quebradas, tragamos as ovelhas desgarradas e busquemos as ovelhas perdidas para que elas não se espalhem e sejam devoradas pelas feras do campo. Deus quer que a gente dê nossas vidas pelas vidas de nossos irmãos. Não menosprezemos aquele por quem Cristo derramou seu sangue.
JESUS CRISTO: O KYRIOS
A expressão “Reino de Deus” ou “Reino dos Céus”, se repete cento e trinta e três vezes no Novo Testamento. A maior parte aparece nos Evangelhos, e algumas vezes em Atos dos Apóstolos. Por outro lado, esta expressão “Reino de Deus” se menciona muito poucas vezes nas Epístolas. Esse fato certamente nos levará a seguinte pergunta: Por quê? Será que o tema mudou mais adiante quando a igreja começou a se desenvolver ou, receberam uma nova mensagem ou revelação? Uma dessas poucas vezes estão na Carta aos Coríntios, onde Paulo diz que o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder. E também que os injustos não herdarão o Reino dos Céus. E em Colossenses 1:13, um versículo que conhecemos bem diz: “E que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor”. Então, nos perguntamos porque nas Epístolas não se menciona tanto a expressão “Reino de Deus”. Certamente, as Epístolas não mudam o tema, mas sim a expressão. Nos Evangelhos o Kerygma (ou a proclamação) era: “O Reino de Deus se aproxima”, e a síntese dessa proclamação era: “Jesus Cristo é o Senhor”. De fato, nas Epístola a expressão muda, mas o tema não. E se estudarmos o Reino de Deus, e o Senhorio de Cristo, veremos que se trata do mesmo assunto, não são diferentes, apenas expressões diferentes. Talvez por haver um motivo circunstancial ou cultural. O conceito Reino de Deus era melhor compreendido pelos Judeus, porque para eles a expressão lhes era bastante familiar. Mas no Império Romano o Kyrios- que é a palavra grega para definir Senhor- tinha muito mais efeito. Eles conheciam o César e o título que ele tinha que não era rei, senão Kyrios, porque era um rei com mais poder do que os demais. O César não queria ser somente um rei, mas um quase deus, com atribuições absolutas. Por isso na cultura greco-romana era melhor dizer a mesma coisa de maneira diferente. Dizer que Jesus Cristo é o Kyrios, era uma expressão muito forte e clara para todas as nações, judeus e gentios. E é essa expressão que Paulo usa nas Epístolas.
A base mais teológica e bíblica, é que o Reino chegou na pessoa do Filho. Deus se fez homem em Jesus, e esse homem que viveu entre os homens, morreu na cruz para obter a nossa redenção, para expiação dos nossos pecados diante da santidade de Deus. Crucificou o nosso velho homem com sua morte, e cancelou a dívida que era contra nós, e triunfou sobre principados e potestades, despojando a força e as armas, e os direitos legais que esses principados e potestades tinham sobre o homem pecador. E diz a bíblia que Ele triunfou sobre eles na cruz. Jesus foi sepultado e juntamente com Ele todo o nosso pecado. Ao terceiro dia ressuscitou dos mortos. O Pai o exaltou sobremaneira, e quando o Filho entrou pelas portas eternas, o Pai o recebeu. Davi no Salmo 110, havía visto esta cena e proféticamente a descreve dizendo: “disse Jeová ao meu Kyrios, disse Jeová ao meu Senhor”. Em Hebreus diz: “disse Jeová Eu Sou ao meu Adonai”, que é a expressão hebraica no Velho Testamento para Kyrios. Porque Adona quer dizer, meu Deus e meu Dono, minha Autoridade. Davi, o chamava Senhor. E o Pai o exaltou, e o fez sentar no trono, na majestade das alturas. Ele entregou todo o Reino ao Filho, e disse: “senta-te a minha direita, até que eu ponha todos os teus inimigos por estrado dos teus pés.” Tudo Ele deu ao Filho e Paulo disse, à respeito do poder de Deus: “…manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar-se á sua direita nos céus, acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro. E sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e sobre todas as coisas o constituíu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche tudo em todos.” (Ef 1:20-23) O que aconteceu? O Pai entregou tudo ao Filho. Quem é o Filho? Não é o mesmo que antes da encarnação. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez…. O Verbo se fez carne, e habitou entre nós…”. Mas agora, depois de sua encarnação, morte e ressurreição, o que está assentado a destra do Pai, não só é Deus perfeito mas também é Homem perfeito. E a este homem o Pai entregou o domínio de tudo e o chamou Senhor, Kyrios. E deu uma órdem universal, para que todos os seres do universo, os que estão nos céus, na terra e embaixo da terra, dobrem os seus joelhos em adoração. Todos sabemos que o único que e digno de adoração é Deus. E Jesus Cristo é Deus. Portanto todo o joelho se dobre e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor.
Ao completar-se a revelação de Cristo como Senhor no novo testamento, o tema do Reino não muda, mas muda a expressão. Agora, a expressão mais freqüênte nas Epístolas, como já foi dito, é a palavra Kyrios, Senhor. No Novo Testamento, se chama a Jesus, Senhor, mais de seiscentas vezes. É uma expressão de menor valor para o mundo daquela época, mas o tema continua o mesmo. Já nas Epístolas o substantivo Kyrios, aparece duzentas e sessenta vezes. Jesus Cristo é o Kyrios. E a expressão mais freqüente para referir-se a Jeová é Pai, e para o Filho é Kyrios.
Nós, a igreja, passamos muito tempo, sem entender o que realmente significa o Reino de Deus, e por não compreender o seu significado real, tampouco entendíamos o Senhorio de Cristo. E o que é que se tem pregado no meio do povo evangélico por todos estes anos, e séculos? Durante anos temos pregado e insistido que a condição para que um pecador seja salvo, é aceitar a Jesus como o seu Salvador pessoal. Quantos querem aceitar a Jesus como seu Salvador? Assim terminam quase todas as mensagens. “Aceita a Cristo como teu Salvador pessoal e serás salvo”. Não há dúvidas que Cristo é o Salvador, e o único Salvador. Fora Dele não existe Salvação. Mas a pergunta não é essa, senão: Que temos que fazer para que Esse, que é o único Salvador, me salve? Qual é a condição? É correto dizer: aceita a Cristo como teu Salvador, e depois vá encher a cara de bebida para comemorar? O mais surpreendente é que em toda a Bíblia não existe um só versículo que diga que se aceitarmos a Jesus como Salvador seremos salvos. Não existe. Um Pastor, que tem 35 anos de pastorado e de estudante da Bíblia, não encontrou nenhum. Mas ele diz que repetía isso, porque era a tradição evangélica, sem primeiro verificar se de fato isso é bíblico ou não.
Em Romanos 10:8-9, Paulo faz uma síntese da proclamação apostólica e a aplica a esse tema que estamos estudando agora. Qual é a condição, para ser Salvo? Ele diz na última parte do versículo oito que: “Esta é a palavra de fé que pregamos: se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Esta é a condição, confessar com a boca, crendo no coração, que Jesus é o Kyrios, é o Senhor. Em Romanos 10:13, também diz: “porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Ésta é a condição. Não diz que tem que aceitar a Cristo como salvador, senão aceitá-lo, reconhecê-lo e confessá-lo como Senhor (Kyrios), crendo com o coração, que Deus o levantou dos mortos. Não somente este versículo mas um cuidadoso estudo do Novo Testamento nos mostra, em diversas passagens, o mesmo: que a condição para que o pecador seja perdoado, nascer de novo, tenha a vida eterna, se converta e possa fazer parte da família de Deus… é que diante da pessoa que o Pai determinou – Jesus – se dobre os seus joelhos, se submeta a Ele, dizendo com sua boca, crendo com o seu coração, que Ele é o Senhor (Autoridade Máxima do Universo).
Nesse tempo eles sabiam bem o que significava reconhecê-lo como Kyrios, pois existia a instituição da escravatura. Aos escravos se dizia “dulos”, em grego. E é a palavra que Paulo usa para falar de sí mesmo. Em Romanos 1:1 disse assim: “Paulo escravo de Jesus Cristo”. Na nossa tradução a palavra grega “dulos” foi traduzida por “servo”, porém a tradução correta é “escravo”. Porque se Ele é o Kyrios, eu sou escravo. Assumir que Ele é o Kyrios implica em dobrar o joelho, deixar o orgulho, a rebeldia, mudar de atitude. Ou seja, ao contrário do homem natural que tem uma atitude contrária: “eu faço o que eu quiser”; “ninguém manda na minha vida”; “eu vivo como me dá vontade”. Esse é O PECADO do homem. Quando essa atitude de independência, rebeldia, orgulho, se desfaz, e o pecador se dobra interiormente, se humilha, muda de atitude, e afirma que Jesus é o Kyrios, o estará aceitando assim, como Senhor, como aquele que desde então manda na sua vida. O Reino de Deus chega ao pecador – pela pessoa de Jesus – quando ele o reconhece como Kyrios.
Chamar a Jesus de Kyrios, significa assumir que eu sou um servo, um escravo, que a minha vida já não me pertence mais, que eu sou uma propriedade do meu Amo, do meu Senhor. Minha vida, meu tempo, meu dinheiro, minha casa, minha família, meu carro, minha empresa, já não são mais minhas. É tudo Dele. Disse Jesus: “Assim, pois, aquele que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.”(Lc 14:33). Essa é a condição para sermos salvos. Isso pregavam os apóstolos. Assim, as pessoas se convertiam. Por isso a igreja do primeiro século era bastante diferente de muitas igrejas hoje em dia. E por isso, a vida dos primeiros cristãos, convertidos, sob as verdades deste evangelho, sob o Senhorio de Cristo, era tão diferente.
No instante que Paulo se converteu ele perguntou Àquele que o jogou por terra: “Quem és Tu Kyrios?” E Jesus lhe respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues.” Paulo disse Kyrios, vale lembrar aqui que todo aquele que invocar o nome do Senhor (Kyrios), será salvo. Ele confessou a Jesus como Senhor, e creu no seu coração, então a vida de Paulo dali em diante foi uma vida de submissão ao Senhorio de Cristo.
Quando pregamos, devemos considerar que não nos pregamos a nós mesmos, senão a Jesus Cristo como Kyrios. A igreja, verdadeira, é formada por todos aqueles que em qualquer lugar, invocam o nome do Kyrios (Jesus Cristo). De fato, tem havido um erro muito comum ao pregarmos o evangelho. A maioria dos evangélicos acreditavam – e muitos seguem acreditando – que na vida cristã existem dois níveis. O primeiro, é o da conversão. E o segundo o da consagração. Como se produz a conversão? Reconhecendo a Jesus como Salvador. Isso, por incrível que pareça é o que se ensina em muitos lugares. Mas uma vez que se é salvo, como passar para o segundo nível? Reconhecendo a Jesus como Senhor. Todos crêem que Jesus é o Senhor. Todas as igrejas evangélicas, pregadores, mestres, crêem, mas não como condição para salvação. Apresentam esses dois escalões, como se fosse possível ser salvo sem estar necessariamente consagrado; como se existisse a possibilidade de se ter a Jesus como Salvador, mas não necessariamente ser uma pessoa consagrada. Não existem dois níveis de conversão. Só existe um, pois a conversão e a consagração são a mesma coisa. Não pode jamais acontecer de alguém se converter sem entregar tudo a Cristo como Senhor, porque para ser salvo é necessário reconhecê-lo como Senhor (Kyrios).
Existe também o erro de pensar que tem entre o povo de Deus, duas categorias de filhos de Deus. A primeira, são os crentes. E a Segunda, são os discípulos. Mas na bíblia não existe essa distinção. Jesus nunca disse: “ide e fazei crentes de todas as nações”. O que Ele disse foi: “Ide e fazei discípulos”. Por isso, aos que se convertiam eram chamados de discípulos. No novo Testamento a palavra discípulo se repete duzentas e cinqüenta vezes ou mais, enquanto que a palavra crente umas doze vezes. A palavra “Senhor”, seiscentas vezes e a palavra “Salvador”, com relação à Cristo, dezeseis vezes. Não existem duas categorias. Só existe uma.
Qual é, então, o ponto chave desta questão? Ou melhor, Como devemos nos relacionar com Jesus? Jesus é uma pessoa. Muitos tem Jesus como um amigo, e eu asseguro que Cristo é o melhor amigo: Ele pode te compreender, Ele vai te escutar, você pode contar para Ele as suas intimidades que Ele, como um bom amigo, não vai contar para ninguém. Mas se Jesus é somente seu amigo, te afirmo com toda a convicção e amor, que você não será salvo, mas receberá condenação eterna. Outros tem a Cristo como aquele que cura as nossas enfermidades, e podem até dar testemunho: “eu tinha um câncer e o Senhor me curou”. Outro dirá, “eu tinha tal enfermidade o Senhor me curou”. É verdade, Ele realmente sara nossas enfermidades. Curou muitos quando esteve aqui na terra, e continua curando hoje, mas que infelizmente não foram salvos. Mas porquê? Porque não o reconheceram como Senhor de suas vidas. Curou a dez leprosos e nove não voltaram para agradecer, senão somente um. Outros tem a Jesus como seu companheiro, parecido com o amigo citado acima, e dizem: “Ele me acompanha”. Tem alguns que também tem o cigarro como companheiro. Quando perguntam: porque você fuma? A resposta é :”Ele me faz companhia quando estou só.” Outro tem uma estampa ou um crucifixo. Outros um amuleto, “não sei, me traz sorte”. Outros colocam um adesivo no carro. Outros tem a Jesus como um conselheiro, buscam o seu conselho N’Ele, mas somente se submetem se gostarem da resposta. Outros tem Jesus como um ajudante: “Me ajuda no meu trabalho, me ajuda nos concursos, eu peço e Ele me ajuda, quando peço um emprego e Ele me dá.” Mas eu te digo que se Jesus é somente o teu ajudante, ao morrer sem dúvida não será salvo. E para aqueles que estão nas igrejas, se Jesus Cristo é somente o seu ajudante, amigo, médico, companheiro, é importante que saibam isso não é suficiente para livrá-los da condenação eterna. Outros tem a Cristo como consolador, quando estão tristes, melancólicos, buscam consolo, se aproximam, vão as reuniões, escutam as músicas, lêem um pouco a Bíblia e se animam: “A reunião me fez muito bem, Pastor, muito obrigado”. Mas continua vivendo com uma mulher que não é sua esposa, mas o importante para ele é que ele saiu animado!!! Tem reuniões que animam muito, tem uma música bonita… com o rei Saul era assim, quando estava triste e vinha um espírito mau e para o atormentar, ele mandava Davi tocar músicas ungidas e os demônios saiam por um tempo, mas Saul não era salvo, porque Jesus não era o Seu Senhor. Davi sim, ele dizia meu Senhor. Muitos, milhares de evangélicos tem a Cristo como o seu Salvador. Um dia levantaram a mão, foram à frente, e muitos até choraram. E quando perguntaram se aceitavam à Jesus como o seu Salvador, disseram que sim. Mas se Cristo não é Senhor de suas vidas, é somente o seu Salvador, lamento dizer que continuam condenados à morte eterna.
Tem muitos que querem que Jesus os perdoe, lhes faça filhos de Deus, lhes dê a vida eterna, mas não o reconhecem como Senhor de suas vidas. Tem muitos que vão as reuniões, lêem a Bíblia, cantam, adoram, ensinam, pregam… mas Jesus não é o Senhor deles. E como você sabe? Jesus disse: “Por que me chamam Senhor, Senhor e não fazem o que eu lhes mando? O que ouve a minha palavra e não a pratica o compararei a um homem nécio que edificou a sua casa sobre a areia. Quando veio a chuva, o vento, a tempestade, e a inundação – que segundo o contexto é o juízo final – essa casa caiu.” Ouve mas não pratica. Não é uma questão de cantar, de ir as reuniões; e tampouco é questão de orar ou jejuar. Não é questão de expulsar demônios, de profetizar ou de fazer milagres. Jesus disse: “e naquele dia eu lhes direi explicitamente: eu nunca os conheci.” – Mas Senhor, como não posso entrar? Em teu nome fizemos milagres, expulsamos demônios, profetizamos…”eu nunca os conheci.” Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.”
A única forma de ser salvo é que Cristo seja o Senhor da minha vida. Isso não significa que eu seja perfeito, e nunca peco. Mas se Cristo é o meu Senhor, e eu venho a pecar, logo em seguida me sinto mal, me arrependo, confesso, decido não continuar no erro, porque Ele é o meu Senhor. Não significa que eu sou perfeito, significa que tenho uma atitude correta, de submissão a Cristo. Mas a pessoa que, sistematicamente, vive segundo a sua própria vontade, não tem Jesus como Senhor. Escuta que deve se submeter a seu marido mas não o faz de fato. Escuta que o marido tem que ser amável com a sua esposa e todos os dias é duro com ela. Escuta que os filhos devem obedecer e honrar os pais mas não o fazem. Escuta que não deve mentir, mas falar a verdade, mas mente porque às vezes é mais conveniente. Escuta que não deve furtar, mas sem vacilar, furta sem que ninguém perceba. Escuta que não deve fornicar mas fornica. Escuta que o que repudia sua mulher, se divorcia, e se casa com outra, comete adultério, mas mesmo assim deixa a sua mulher e se casa com outra. Escuta que tem que dividir com aquele que passa necessidade mas nunca divide nada, é um avarento, tudo o que ganha é para si mesmo. Escuta que deve perdoar ao que o ofende e não perdoa, guarda rancor. Mas mesmo assim enganando-se a si mesmo pensa, sem duvidar jamais, que Jesus é o seu Salvador.
Qual é a sua relação com Cristo? Ele é seu amigo, consolador, ajudante, conselheiro, médico, salvador ou é o seu Senhor? Sobre o que você está edificado? Areia ou rocha? Se todos os que nos chamamos evangélicos, vivêssemos sobre a rocha, eu garanto que o Brasil seria outro país.
Nos alegramos que o número de evangélicos estão crescendo na América Latina. Mas o que importa para Deus o número de evangélicos, se Ele mesmo não é evangélico!!! Deus é Santo e Ele quer um povo Santo. Jesus Cristo é o Senhor e Ele quer discípulos. Ele é a rocha e quer um povo edificado sobre a rocha.
* ESSE TEXTO FOI TRADUZIDO E ADAPTADO DO SEGUNDO CAPÍTULO DO LIVRO “EL REINO DE DIOS Y SU IMPACTO EN EL MUNDO DE HOY” COM TEMAS QUE FORAM PARTE DE UM ENCONTRO ABERTO QUE FOI REALIZADO NO CENTRO DE CONFERÊNCIAS DIEGO PORTALES, NO FINAL DE SEMANA DE 21/05/1999. COM OS SEGUINTES PRELETORES: EARL ALDRICH; JORGE HIMITIAN; CRISTIAN ROMO e JEROLD KEELING. MAS O TEXTO ACIMA DIZ RESPEITO A PALESTRA DO PASTOR JORGE HIMITIAN (Jesucristo es El Señor).
o corpo de Cristo é responsavel pelo corpo de Cristo. todos responsaveis por todos.
“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.”2 tm 2
Homens idôneos, aptos, fiéis, constantes, perseverantantes, comprometidos com o propósito eterno de Deus para ensinar a outros a guardarem tudo que Jesus ordenou. A igreja precisa de homens assim. Sejamos estas pessoas !!!