Lv 5 – 7

Lv 5: 17 – “E, se alguma pessoa pecar e fizer contra algum de todos os mandamentos do Senhor aquilo que se não deve fazer, ainda que o não soubesse, contudo, será culpada e levará a sua iniqüidade.”

Dentre os diversos tipos de sacrifício estabelecidos por Deus, um se tratava do pecado contra algum de todos os mandamentos do Senhor e mesmo que a pessoa não soubesse da lei ela era culpada. Isso mostra a importância de conhecer a lei. Se a lei não fosse anunciada ao povo, como eles conheceriam a lei? E se não conhecessem a lei, como saberiam o que era pecado? E se não conhecessem o pecado, como o confessaria? Como seriam purificados e perdoados?

A lei revelou ao homem sua imundícia, seu estado podre e deteriorado pelo pecado. Deus não queria um povo ignorante e “inocente”, mas um povo consciente e arrependido. Baseado nisso, pode-se afirmar três coisas que podem nos livrar de estar na multidão dos perplexos:

A primeira é que ignorância não justifica o pecado e não tira a culpa; só há justificação pela fé em Cristo Jesus. Haverá uma multidão de perplexos no grande dia: pessoas que viveram as regras da sociedade, viveram uma vida religiosa, mas não viveram em santidade, não tiveram Cristo como Senhor das suas vidas. Estas pessoas serão culpadas, pois “os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” (Rm 1: 20), “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3: 23) e “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis” (Rm 3: 12)

A segunda é que é preciso proclamar o evangelho do reino de Deus. Não um evangelho fofinho, não um discurso humanista, mas o discurso que prega o fim do “eu” e o estabelecimento do governo de Cristo nas nossas vidas. Pois só ao proclamar essas verdades é que será gerada fé no coração das pessoas e essa fé produz obediência aos mandamentos. Ou seja:

“Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” (Romanos 10: 13 – 15)

Não podemos perder tempo! Todos nós fomos enviados ao mundo (Jo 17: 18) para dar frutos (Jo 15: 16). Carregamos a doce responsabilidade de zelar e proclamar as verdades de Cristo para que as pessoas ouçam, creiam, invoquem o nome do Senhor e sejam salvas.

A terceira é a importância da vida transparente na igreja. Uma vez que a pessoa se converte, há festa no céu! Aleluia! Mas há um caminho de santificação que é preciso desenvolver a salvação todos os dias (Fp 2: 12). E para não ser pego de surpresa é preciso andar na luz, ser transparente. Essa vida de comunhão permite que os mandamentos de Deus sejam anunciados, catequizados e conhecidos, para que ninguém seja pego de surpresa no grande dia.