Os 7 – 12
Dn 12: 3 – “Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim; se é concitado a dirigir-se acima, ninguém o faz.”
Desde que o pecado passou a fazer parte da natureza do homem, ou seja, desde que Adão pecou, Deus tenta reunir uma nação de homens e mulheres que o sirvam de todo o coração. Deus viu o pecado do homem e teve uma profunda tristeza de sua criação, mas viu em Noé um homem justo (Gênesis 6) e ali Deus fez uma aliança com ele. Depois veio Abraão, amigo de Deus, e o Senhor começa a criar aquele que seria seu povo: Israel, mas mesmo com todos os sinais e maravilhas que o Senhor fez no meio deles, eles foram incapazes de permanecer no ensino, aos poucos foram se desviando e seus filhos já não conheciam mais o Todo-Poderoso.
Em todo tempo vemos que a tendência do homem é se afastar dos caminhos do Senhor. Deus preparou tudo para a vinda de Jesus, e fez com que Ele fosse o primogênito dentre muitos irmãos (Romanos 8: 28 – 29) e por meio dEle criou sua nação santa (I Pedro 2: 29).
Deus é o autor dessa linda história, Ele é o único responsável pela nossa salvação. Mesmo depois de Cristo o Senhor teve que intervir diversas vezes para que não nos desviássemos do caminho do Senhor. Hoje, como igreja, vivendo o fim dos tempos, vendo falsos profetas se levantando, vendo a iniqüidade se multiplicando e os homens cada vez mais cauterizados com o pecado, que escolha vamos fazer? Vamos contextualizar a vida da igreja com o padrão do mundo globalizado? Vamos abrir exceções? Vamos encarar a Bíblia como um livro de várias interpretações e que precisa ser atualizado? Fora todo engano e desvio!
Decidimos ser santos e radicais, vivendo à risca cada vírgula escrita na palavra e entendendo que qualquer milímetro de desvio é pecado e deve gerar arrependimento em nosso coração. Nosso padrão de referência não é o mundo, mas é Jesus, o perfeito. E não estamos aqui para estudar a Deus e buscar explicações para a Bíblia, mas para nos relacionar com Deus, submeter a Ele, viver e pregar todas as verdades e mandamentos que estão na Palavra. Nossos filhos serão melhores do que nós!
I. PRINCÍPIOS ABSOLUTOS ESPECÍFICOS DOS GRUPOS CASEIROS
A. QUE SEJAM GRUPOS PEQUENOS
Nem sempre é possível manter os grupos pequenos como se gostaria por causa da lentidão em formar novos líderes. Mas devemos fazer todo o esforço nesta direção porque com muita gente é muito difícil supervisionar concretamente todos os ministérios do grupo.
B. QUE TODOS DO GRUPO ENTENDAM QUAL É A OBRA DO GRUPO
Devem ter uma mente libertada do reunionismo. Devem entender que a principal obra não é a que é feita no encontro do grupo, mas a que é feita durante toda a semana, por todos os integrantes do grupo (isto é, o companheirismo, o evangelismo nas ruas, as visitas aos contatos, o cuidado dos discípulos, os encontros com os discipuladores, os encontros com o núcleo do grupo, os encontros da liderança, as viagens a cidades próximas, as visitas a irmãos de outras congregações da cidade, etc.).
C. QUE OS LÍDERES SEJAM FORMADOS EM TUDO AQUILO QUE DEVEM PRODUZIR NOS GRUPOS
Se alguém não tem uma sólida experiência de companheirismo, evangelismo, edificação de discípulos e formação de discipuladores, como vai levar o grupo a ter esta experiência?
D. QUE SE TRABALHE POR NÍVEIS
Isto porque Jesus é o modelo da obra, e ele trabalhava por níveis (tinha as multidões, os 500, os 120, os 70, os 12, e entre estes, Pedro, João e Tiago). Para cada nível corresponde uma intensidade de acompanhamento. Temos em Salvador, uma maneira especifica de distinguir níveis nos grupos. A maneira como fazemos isto, é uma coisa relativa. Cada um deve procurar a melhor maneira de fazê-lo. Mas quem não distingue níveis no grupo, está deixando de lado um princípio absoluto, que percebemos no ministério de Jesus.
E. QUE O ENCONTRO DO GRUPO SEJA CHEIO DE PARTICIPAÇÃO
Os discípulos que fazem parte do grupo, não apenas devem trabalhar durante a semana, mas durante os encontros, devem participar com suas orações, testemunhos do trabalho, etc.
F. QUE HAJA TRABALHO NA RUA
Jesus passou a maior parte do seu ministério nas ruas. Mesmo quando edificava seus discípulos, estava na rua. Isto criava ampla possibilidade de constante evangelismo. Discípulos medrosos, que querem ficar sempre dentro de casa, dificilmente vão dar continuidade a obra. Devemos sair em grupos, sair com o(a) companheiro(a), com os discípulos, com os mais maduros, com o grupo todo, de todas as formas e em todas oportunidades possíveis.